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Registro de autoridade
Pessoa

Ademar Freire Maia

  • Pessoa
  • Data de nascimento: 14 fev. 1932

Alfred Tarski

  • SPCLEARQ AT
  • Pessoa
  • 1975
O professor Alfred Tarski visitou a Unicamp em março de 1975. Aproveitando esta visita, a professora Ayda Ignez Arruda, organizou, no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (IMECC) da Unicamp, nos dias 3 a 5 de março, o simpósio de Lógica Matemática.
As conferências proferidas por Tarski foram gravadas em vídeo. Esses vídeos estão disponíveis à consulta, mediante prévio agendamento, nos Arquivos Históricos do CLE.

Allyrio Hugueney de Mattos

  • AHM
  • Pessoa
  • 1889-1975
Allyrio Hugueney de Mattos nasceu em Cuiabá, Mato Groso e formou-se engenheiro em 1913. Concluído o curso foi nomeado Preparador da cadeira de Topografia, em 1915, tendo prestado concurso para Livre Docente da cadeira de Topografia e Legislação de Terras, em 1925. Em 1930, foi nomeado Professor Catedrático para a Cátedra de Astronomia e Geodésia na Escola Politécnica. Em 1938 foi chamado para preparar um grupo de Engenheiros do então Conselho Nacional de Geografia (hoje Instituto Brasileiro de Geografia), a fim de determinar as coordenadas geográficas dos Municípios do Brasil. Com este trabalho, muitos municípios tiveram suas coordenadas fixadas, com a eliminação, em muitos casos, de erros enormes nos mapas. O que destacou o professor Allyrio no conjunto da engenharia nacional foi sua atuação modernizadora no que diz respeito à Cartografia, nome genérico que hoje abrange todos os tipos de levantamento e determinações de posições absolutas ou relativas de porções da superfície da terra. Como astrônomo, é o único brasileiro a observar três eclipses totais do Sol visíveis no Brasil (em 1919, 1945 e 1969). Por ocasião do eclipse em Bocaiúva (1945), recebeu o Diploma de Comendador da Ordem da Rosa Branca da Finlândia. Foi Membro Titular da Academia de Ciências e Sócio Benemérito Fundador da Sociedade Brasileira de Cartografia. Recebeu, em 1967, pelos seus méritos, o Prêmio Ricardo Franco. Na década de vinte, seu interesse pela recente descoberta da radiotelefonia levou-o, juntamente com Roquete Pinto e outros entusiastas, a fundar a Radio Sociedade do Rio de Janeiro. O Professor Allyrio Hugueney de Mattos faleceu em 7 de janeiro de 1975, no Rio de Janeiro.

André Dreyfus

  • Pessoa
  • (1897-1952)
Nascido em 1897, em Pelotas (RS), Dreyfus formou-se na Faculdade de Medicina (c. 1919) da Universidade do Brasil, atualmente denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fundou, em 1919, um curso particular de Histologia e Embriologia. Em 1922, já incluía aulas sobre Genética e Evolução nos seus cursos, sendo pioneiro nesses estudos em nosso país. Em 1927, foi para São Paulo onde integrou o corpo docente da USP, como assistente das matérias de Histologia e Embriologia na Faculdade de Medicina. Lá lecionou nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), Medicina, Farmácia e Odontologia; e nas Escolas de Sociologia e Política e Paulista de Medicina.
Quando foi criado o regime de tempo integral, fixou-se no Departamento de Biologia Geral da FFCL; depois do seu concurso para professor catedrático e da obtenção do regime de tempo integral, manteve sempre estreitos vínculos científicos e sociais com todos os laboratórios para cuja formação contribuiu. Foi diretor da FFCL por um período de quatro anos.
Um ponto marcante para o desenvolvimento de Genética no Brasil foi a descoberta de Dreyfus pelo dr. Harry M. Miller Jr., da Fundação Rockefeller. A admiração por Dreyfus e a confiança nele depositada levou a Fundação Rockefeller a trazer para o seu laboratório, na FFCL, o professor Theodosius Dobzhansky, um dos maiores geneticistas e pensadores da Biologia, assim como a financiar a compra de equipamentos e a pesquisa do laboratório. Dreyfus, Dobzhansky, seus amigos e colegas Brieger, em Piracicaba, Krug no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o dr. Harry M. Miller Jr. foram os primeiros responsáveis pelo desenvolvimento da Genética moderna no Brasil.
Nos últimos anos de sua vida foi atormentado por problemas de saúde relacionados com pressão alta. Apesar da saúde delicada, continuou imprudentemente ativo. Dias antes de falecer, escreveu volumoso trabalho de crítica a uma danosa reforma do ensino que estava sendo projetada. Horas antes de morrer, ainda terminou a elaboração de um trabalho mostrando que a ideia de superioridade racial é geneticamente absurda. Dreyfus faleceu aos 54 anos, em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 1952.

Andrea Maria Altino de Campos Loparic

  • Pessoa
  • 1941-2021
Andrea Maria Altino de Campos Loparic (1941-2021) foi professora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Fez seu doutorado na Unicamp (1988), onde também atuou como membro do CLE e professora.

Antônio Geraldo Lagden Cavalcanti

  • Pessoa
  • [1916-1990]
Cavalcanti foi médico, educador, cientista e fundador do Centro de Pesquisas Genéticas (CPGEn). Em 1933, ele entrou para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se cinco anos depois. Apesar de ter se graduado em medicina, ao que tudo indica, ele não exerceu esta profissão. Os interesses de Cavalcanti estiveram mais ligados à história natural e ao ensino desta disciplina. Em 1941 foi contratado como professor de História Natural no antigo Colégio Universitário. Já em 1943, Cavalcanti foi nomeado catedrático interino de Biologia Geral na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil. No mesmo ano, um grupo liderado por André Dreyfus e Theodosius Dobzhansky, este último um influente e consagrado biólogo russo naturalizado americano, começou a fazer pesquisas em genética evolutiva no Brasil, na USP. E Cavalcanti foi chamado para compor este grupo em 1948 por Dobzhansky e Dreyfus a fazer pesquisas com a variabilidade genética de duas espécies de drosófilas, juntamente com Crodowaldo Pavan, Chana Malogolowkin e o próprio Dobzhansky. No entanto, Cavalcanti já trabalhava com genética de populações de drosófilas no Rio de Janeiro desde 1944. Através do contato com a escola de genética moderna “Dreyfus-Dobzhansky”, Cavalcanti teve a oportunidade de trabalhar no laboratório chefiado por Dobzhansky na Universidade de Columbia (NY, EUA), financiado pela Fundação Rockefeller. Em 1949, Cavalcanti levou ao Rio os destacados Dreyfus e Dobzhansky para dar duas conferências na FNFi: “Teorias modernas da evolução” por Dreyfus e “Genética e problemas humanos” por Dobzhansky. Em 1950, Cavalcanti participou de um concurso para catedrático efetivo do departamento de biologia geral da FNFi e é aprovado; pouco depois também consegue trabalhar em tempo integral na FNFi. Em 1950, Cavalcanti funda o CPGen dentro da FNFi, contando já com os seguintes membros: A.G.L Cavalcanti, Oswaldo Frota-Pessoa e Chana Malogolowkin. Em agosto de 1952 Cavalcanti vai para os EUA novamente, para trabalhar no laboratório de Dobzhansky em Nova Iorque, desta vez patrocinado pelo CNPq. Em 1953, Cavalcanti vai para a Itália representando o CPGen e a FNFi no IX Congresso Internacional de Genética, em Bellagio. Em 1964 Cavalcanti volta aos EUA, desta vez para trabalhar como pesquisador associado de James Neel, na sua clínica de hereditariedade em Michigan. Depois ele foi para a Universidade de Cornell, onde ficou trabalhando com citogenética humana no setor de pediatria do hospital universitário. Após a Reforma Universitária implementada em 1968, Cavalcanti é nomeado diretor pro tempore do nascente Instituto de Biologia da UFRJ. Ademais, ele foi professor convidado nos cursos de pós-graduação do American College of Physicians e da Universidade do Texas; Pesquisador Associado na Universidade Cornell e assessor da Divisão Psicossocial do Colégio Interamericano de Defesa (CID), em Washington D.C.; e participou como um dos representantes brasileiros nos congressos internacionais de genética realizados em Estocolmo, Ottawa e Tóquio.

Antônio Mário Antunes Sette

  • AMS
  • Pessoa
  • 1939-1999
Antonio Mário Antunes Sette nasceu em Pernambuco. Casou-se com Neide Maria Durães Sette, com a qual teve três filhos. Sette, como é conhecido no meio acadêmico, formou-se Bacharel em Matemática pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPe) no ano de 1967. Fez seu mestrado na Universidade Estadual de Campinas, sob a orientação do Professor Newton Carneiro Afonso da Costa. Em 1977, doutorou-se pela Universidade de São Paulo, também sob a orientação do Professor da Costa. Iniciou sua atividade profissional em 1966, como professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Em 1968, foi contratado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e logo depois, em 1969, pelo Instituto de Matemática Estatística e Ciência da Computação (IMECC) da Unicamp. Voltou à sua cidade natal, para lecionar na UFPe, a partir de 1971. Nessa Universidade, além das atividades acadêmicas, desempenhou também as funções de Vice-Coordenador de Pós-Graduação do Departamento de Matemática e de Chefe desse Departamento, ambos em 1979. Mas, em 1979 recebe um novo convite para lecionar na Unicamp, e aqui permanece até o seu falecimento.Foi orientando do Professor Leopoldo Nachbin, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), no Rio de Janeiro. E, quando esteve em Marseille, na França, na década de 70, trabalhou com o Professor R. Fraissé.Membro fundador da Sociedade Brasileira de Lógica (SBL), criada em 14 de fevereiro de 1979, foi seu primeiro Vice-Presidente, durante a gestão de 1979-1980 e Tesoureiro de 1981-1982.Em 1983, titulou-se Professor Livre Docente. Passou a ser membro do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, em 1982.Na Unicamp exerceu alguns cargos administrativos, entre os quais destacamos o de Diretor e Vice-Diretor do IMECC, de 1984 a 1986, o de Presidente da Comissão Deliberativa do Vestibular, de 1986 a 1990 e o de Pró-Reitor de Graduação, no período de 1986 a 1990.Suas pesquisas e trabalhos foram nas áreas de Álgebra da Lógica, Teoria de Modelos, Método Algébrico em Teoria de Modelos, Aspectos Geométricos das Linguagens Lógicas, Traduções e/ou Interpretações entre Lógicas e Lógicas Não-Clássicas.O Professor Antônio Mario Sette integrava o Grupo de Lógica do CLE/ IFCH-Unicamp.
Participou de aproximadamente 20 Seminários e Simpósios, além de inúmeras participações em bancas examinadoras. Muitas de suas publicações foram com seus pares, dentre eles podemos citar: Ayda Ignez Arruda, Itala Maria Loffredo DOttaviano e Walter Alexandre Carnielli, os três da Unicamp, com Newton C. A. da Costa, Rolando Chuaqui, Xavier Caicedo e Daniele Mundici. O XIII Encontro Brasileiro de Lógica, ocorrido na Unicamp em maio de 2003, foi dedicado à sua memória. O Professor Xavier Caicedo, da Universidade de Los Andes-Colômbia, rendeu-lhe homenagens e destacou as atividades desenvolvidas por Mário Sette enquanto membro do CLE e os vários trabalhos que os dois realizaram na área de lógica.

Antonio Quelce Salgado

  • Pessoa
  • (1932-)
Salgado foi um professor e geneticista brasileiro. Em meados da década de 1950, ele iniciou sua carreira acadêmica como estagiário no Laboratório de Genética Humana (LGH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob supervisão de Newton Freire-Maia. Trabalhou até o início da década de 1960 no LGH, realizando trabalho de campo coletando dados para a pesquisa sobre consanguinidade na população brasileira. Em 1962 foi contratado como professor na Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), em Marília, que futuramente veio a compor a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho".
Em meados de 1960, em Marília Quelce sofreu com perseguições políticas assim como o, também professor, Ubaldo Puppi. Ambos foram denunciados por darem cursos sobre a conjuntura político-econômica do Brasil; por defenderem a reforma agrária e por participarem de um programa de alfabetização (Método Paulo Freire). Os dois professores acabaram presos. A repressão se estendeu ao longo daquela década. Já em 1983, no campus situado na cidade de Assis, Salgado era um dos candidatos a novo diretor sendo escolhido através de consulta à comunidade e vencendo por ampla maioria nos três segmentos. Entretanto, contrariando o resultado da consulta, o reitor Armando Octávio Ramos não o nomeou. A reação da comunidade foi uma greve, que durou 64 dias. Entre 1984-1986, ele ocupou o cargo de presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp). Anos depois, foi residente do Conselho Estadual do Idoso (SP, c. 2003).

Antônio Rodrigues Cordeiro

  • Pessoa
  • (1923-)
Antônio Rodrigues Cordeiro, nascido em 1923 em Bagé (RS), ingressou em 1945 no Curso de História Natural da Universidade de Porto Alegre, depois, UFRGS. Tornou-se Auxiliar de Laboratório de Botânica, do conhecido Prof. Dr. Alarich R. Schultz. Recebeu também, forte influência do Dr. José Grossman, geneticista e melhorista vegetal russo-brasileiro e do Dr. Karl Hogetop, fisiologista vegetal, alemão-brasileiro. Passou depois à citogenética de orthopteros, estimulado pelo Dr. Francisco A. Saez, em visita de estudos a Argentina. Recém-formado, Bacharel e licenciado em História Natural, 1947, foi nomeado Assistente da Cátedra de Biologia, dedicando-se ao ensino teórico e prático de Citologia, Histologia, Embriologia, Genética e Evolução. Como decorrência de uma visita à USP e sua correspondência com o Prof. Crodowaldo Pavan, iniciou coletas intensivas de Drosophila. Daí resultou o convite para o estágio de trabalhos, e estudos no curso sobre Genética e Evolução lecionado pelo Prof. Theodosius Dobzhansky na USP (1948-1949), com bolsa da Fundação Rockefeller. São frutos desse período, artigos científicos no Genetics e Evolution etc. mas, principalmente, a escolha do tema da tese de doutoramento. Na volta a Porto Alegre (1949), fundou o Laboratório de Genética da UFRGS com a colaboração de um estudante, o posteriormente renomado Prof. Francisco Salzano e dois colegas de colégio, o químico Prof. Flavio Lewgoy e o biofísico Prof. Casemiro V. Tondo que possibilitaram a introdução pioneira no Brasil de metodologias moleculares na genética das populações. A tese de doutoramento, ARC a desenvolveu na Columbia University, N.Y.C. (1951-1952) como bolsista da Rockefeller Foundation: “Efeitos dos genes letais ‘recessivos’ em estado heterozigoto em Drosophila willistoni de populações naturais”.
No início da década de 1960 ARC fez concurso de Livre-Docência com tese sobre “Raças e espécies do grupo Willistoni caracterizadas por cromatografia bidimensional de pteridinas” recebendo outro grau de doutor; só então foi promovido a Professor Adjunto. Convidado, participou do planejamento da Universidade de Brasília (1962). No período de 1963 a 1965, ARC foi Prof. Titular, por exame de Curriculum Vitae, Coordenador do Instituto Central de Biologia; substituto, temporário do Prof. Roberto Salmerón, como Coordenador Geral dos Institutos Centrais. Com a intervenção ditatorial de 1965 na UnB, voltaram os gaúchos para a UFRGS. A convite do Prof. Walter Plaut, ARC, H.Winge e Nena B. Morales fizeram pesquisas na Universidade de Wisconsin, Madison (1967-1969) sobre padrões de síntese de DNA e RNA em cromossomos politênicos de híbridos interespecíficos de Drosophila. Em 1981 ARC aposentou-se e recebeu o título de Prof. Emérito e foi contratado como Prof. Visitante na UFRJ (1982). Foi chamado a cooperar na organização da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e em 1995 mudou-se para Campos, tornando-se o Chefe do Laboratório de Biotecnologia.

Ayda Ignez Arruda

  • AIA
  • Pessoa
  • 1936-06-27 1983-10-13
Ayda Ignez Arruda nasceu em Lajes, Santa Catarina, no dia 27 de junho de 1936, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante. Bacharelou-se em matemática em 1958 e concluiu a sua licenciatura em 1959, ambas na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.
Iniciou a sua carreira acadêmica como professora contratada para a cadeira de Análise Matemática e Superior da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, em 1960.
Em 1966, na Universidade Federal do Paraná, obteve o título de doutora e livre-docente com a tese Considerações sobre os Sistemas Formais NFn, produzida sob a orientação do professor Newton C.A. da Costa.
Em 1968 foi contratada como professora titular na área de Lógica e Fundamentos da Matemática no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação da Unicamp, dando início ao Grupo de Lógica de Campinas, com os seguintes professores: Newton C.A. da Costa, Andréa Loparic, Antonio M. Sette, Elias H. Alves, Itala M. L. D'Ottaviano, Luiz Paulo de Alcântara, Luis Henrique L. dos Santos, Oswaldo Porchat Pereira e Roberto Cignoli.
Durante a visita de Alfred Tarski, renomado matemático polonês, feita à Unicamp, em 1975, a professora Ayda I. Arruda, organizou o Simpósio de Lógica Matemática, de 3 a 5 de março, no IMECC. Este evento abriu as portas do IMECC para que, em 1976, ocorresse o III Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, também organizado por Ayda.
Foi chefe do Departamento de Matemática do IMECC, de julho de 1979 a abril de 1980, e assumiu a direção do instituto em 16 de abril de 1980 permanecendo no cargo até seu prematuro falecimento em 13 de outubro de 1983, com 47 anos.
Por quase vinte anos estudou e criou sistemas não-clássicos de lógicas paraconsistentes, publicando vários trabalhos científicos. Foi a primeira colaboradora do professor Newton C.A. da Costa, com quem trabalhou durante muitos anos e publicou diversos artigos em periódicos internacionais.
Durante a sua vida, teve contatos importantes com lógicos e matemáticos brasileiros e do exterior. Dentre eles destacamos os professores: Mário Tourasse Teixeira da Faculdade de Filosofia de Rio Claro, São Paulo; Marcel Guillaume, da Université de Clermont-Ferrand da França; Antonio Monteiro, da Universidade de Bahía Blanca, Argentina; e, Andrés Raggio, da Universidade de Córdoba, Argentina.
Foi professora visitante e conferencista em diversas universidades nacionais e estrangeiras, dentre as quais citamos: Université Claude-Bernard, na França; Uniwersytet Mikolaja Kopernika, em Torún, Polônia; Pontificia Universidad Católica de Chile; Universiteit Gent, na Bélgica; etc.
Orientou vários alunos de mestrado; foi membro de bancas organizadoras; participou de várias bancas julgadoras de doutorado, incluindo as dos professores Antonio Mário Antunes Sette, Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano e Elias Humberto Alves; foi membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp e da Sociedade Brasileira de Lógica, da qual foi vice-presidente e presidente.
Nos últimos anos de sua vida, interessou-se e analisou exaustivamente os artigos publicados por Vasil'év, em particular por suas relações com a lógica paraconsistente. Ayda I. Arruda foi a primeira pesquisadora a formalizar as idéias de Vasil'év, obtendo, como resultado as lógicas paraconsistentes.
Como homenagem póstuma à professora Ayda, a Unicamp, em 1985, organizou o VII Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, dedicado à sua memória. E, em 1990, foi publicado o livro N.A. Vasiliev e a Lógica Paraconsistente (vol. 7 - Coleção CLE), organizado pela professora Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano.

Bernardo Beiguelman

  • Pessoa
  • (1932-2010)
Bernardo Beiguelman, brasileiro, natural de Santos, SP (nascimento: 15 maio 1932) foi Professor Emérito da UNICAMP, universidade na qual criou, em 1963, o Departamento de Genética Médica e da qual foi o primeiro Pró-Reitor de Pós-Graduação. Doutor pela USP foi, também, Livre Docente de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Professor Titular aposentado de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Professor Visitante do Programa de Pós-Graduação em Biologia da relação patógeno-hospedeiro do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e Membro do Conselho do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Ministrou Disciplinas em cursos de Pós-Graduação de várias universidades (UNICAMP, USP, UFPR, PUCCAMP, UFRGS, e UFPE) e foi docente e organizador da Disciplina de Genética Humana e Médica de várias universidades (UNICAMP, PUCCAMP, Fundação Universitária do ABC, entre outras). Durante vinte anos (1972-1992) foi Conselheiro (Adviser) da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo prestado consultorias a essa instituição em Genebra, Suíça, e membro do corpo de revisores da nomenclatura internacional de doenças do CIOMS (Council for International Organization of Medical Sciences). Foi Pesquisador 1-A do CNPq e pertenceu Comitê Assessor de Genética e à Comissão Assessora do Programa Integrado de Genética, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Recebeu Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico e a homenagem do 51º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Genética. Recebeu medalha do CNPq, homenagens e placas de prata da UNICAMP e placa de bronze no HC dessa universidade, e homenagens de revistas científicas ou de classe. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1970-1972) e da Associação Latinoamericana de Genética (1970-1972), da qual foi, também, Vice-Presidente em duas gestões (1985-1987; 1987-1989), Conselheiro dessas sociedades e várias vezes Conselheiro eleito da SBPC. É Membro Titular-Fundador de várias instituições (College of Hansenology of the Endemic Countries, International Association of Human Biologists, da qual foi durante vários anos Conselheiro representante da América do Sul e Caribe, Associação Latinoamericana de Genética e Sociedade Brasileira de História da Ciência) e Membro Titular ou Correspondente de outras. Pertenceu ao Conselho Científico de várias revistas com corpo editorial e participou de júris científicos para a outorga de prêmios. Deu assessoria científica gratuita a várias instituições de fomento à pesquisa. Tem 451 publicações entre livros, teses, capítulos de livros (25), publicações em revistas com seleção editorial (171) e comunicações científicas em congressos (192 nacionais e 63 internacionais). Deu orientação científica direta a cerca de 70 pesquisadores, muitos dos quais já atingiram os níveis mais altos da carreira acadêmica. Participou de 144 congressos (nacionais e internacionais), tendo sido o organizador de alguns internacionais. Proferiu 269 conferências em numerosas instituições de pesquisa e ensino, e participou de 264 bancas examinadoras em concursos acadêmicos (mestrado, doutorado, livre-docência, professor adjunto e professor titular) e júris científicos. Dentre as suas linhas de pesquisa merecem destaque seus trabalhos pioneiros sobre a resistência e suscetibilidade hereditária à hanseníase (lepra), suas pesquisas sobre genética antropológica, a série de trabalhos sobre a epidemiologia de gêmeos, que trouxe informações importantes sobre a biologia da reprodução humana e, mais recentemente, os trabalhos sobre epidemiologia genética de doenças transmissíveis comuns na Amazônia.

Carmen Carneiro

  • SPCLEARQ NCAC DP DCC
  • Pessoa
Carmen Carneiro é tia de Newton Carneiro Affonso da Costa. Trata-se de 82 cartas e 2 cartões de natal trocados entre ela e o sobrinho os anos de 1965 a 2002. Foram quase quatro décadas de intenso contato, sempre marcado por carinho e atenção especiais. As histórias retratadas pelas cartas trocadas entre a tia e o sobrinho nos envolvem em um ambiente familiar e no cotidiano da trajetória intelectual de um dos maiores lógico-filosofo da história contemporânea. Em várias de suas missivas encontramos menções a pensadores, filósofos, poetas clássicos e contemporâneos tais como: Shakespeare, Castro Alves, Casimiro de Abreu, entre outros. No decorrer dos anos de correspondência contínua pode-se também, recordar através dos comentários da tia Carmen, fatos históricos marcantes como a Ditadura Militar, a Copa Mundial de Futebol de 1982, na Espanha, a inflação brasileira durante o governo Sarney, o Plano Cruzado, enfim, muitos acontecimentos são comentados a partir da visão da escritora paranaense. Essa correspondência relata as dificuldades enfrentadas por Newton no percurso de sua trajetória acadêmica e intelectual, as constantes contestações acerca de seu trabalho, as diversas viagens às Universidades do Brasil, das Américas, Europa e Australasia, nas quais muitas vezes enfrentava uma carga horária intensa de seminários e palestras em sua luta para defender as teorias nas quais acreditava resolutamente. Muitos dos esboços dos poemas publicados por Carmen Carneiro estão registrados nas cartas enviadas para Newton da Costa, nas quais ela pedia sua apreciação ou sugestões. Compõem esse Dossiê seus livros de poesia: Poemas Escolhidos, Luz e Sombras e Plenitude. Há também o livro de Herbert Munhoz Van Erven: A poesia essencialista de Carmen Carneiro e, por fim, um cartão trocado entre os primos Carmen e ? [Marina].

César Lattes

  • CL
  • Pessoa
  • 1924-2005
Cesare Mansueto Giulio Lattes nasceu em Curitiba, em 11 de julho de 1924. Em 1943 recebeu os diplomas de bacharel em Matemática e Física pela Faculdade de Filosofia e Ciências e Letras da USP. Foi lá que iniciou sua carreira científica, no então Departamento de Física, ao publicar um trabalho científico sobre a abundância de núcleos no Universo, em parceria com Gleb Wataghin. Cesar Lattes tornou-se mundialmente conhecido em 1947, quando descobriu a partícula méson-pi em colaboração com Giuseppe Occhialini e Cecil Powell. Na época, Lattes trabalhava no laboratório H.H. Wills da Universidade de Bristol, dirigido por Powell, onde melhorou a técnica de emulsão nuclear em chapas fotográficas desenvolvida pelo próprio Powell. Depois viajou para o Monte Chacaltaya, Bolívia, a 5200m de altura, onde expôs as chapas fotográficas aos raios cósmicos e descobriu o méson-pi, cuja existência foi prevista teoricamente em 1935, por Hideki Yukawa. Estes resultados foram publicados na revista Nature, em 24 de maio de 1947, sob o título "Processes involving charged mesons". Nessa época Lattes tinha apenas 22 anos. No ano seguinte fez outra importante contribuição à Ciência. Em colaboração com Eugene Gardner, Lattes obteve artificialmente a partícula méson-pi no recém-construído sincro-cíclotron da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lattes quase foi contemplado com o Prêmio Nobel de Física. Retornando ao Brasil em 1949, teve importante papel na catalisação dos esforços que levaram finalmente à criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) - atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - em 1951.Diretor Científico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas desde a fundação, em 1949, e principal consultor científico nos primeiros anos do Laboratório de Chacaltaya, cria, na USP em 1957, um laboratório para estudos de interações a altas energias na radiação cósmica. A partir de 1962, lidera a reunião de grupos brasileiros e japoneses num projeto de longo alcance sobre interações a altas energias na radiação cósmica.
Em 1967, Lattes assume o cargo de professor titular no recém-fundado Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, tornando-se o primeiro diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Cronologia, Altas Energias e Léptons. Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das denominadas bolas de fogo (fireball). Em 1986, aposentou-se da Unicamp, recebendo, no mesmo ano, o título de Doutor Honoris Causa e de Professor Emérito da universidade. Cesar Lattes faleceu em Campinas, no dia 8 de março de 2005.

Edgard do Amaral Graner

  • Pessoa
  • Data de nascimento: 30 jul. 1909
Natural de Piracicaba, nasceu em 30 de julho de 1909. Casado com Ruth Mendes Graner, tendo dois filhos: Murilo e Eliane. Professor e engenheiro agrônomo, filho de João Graner e Maria Angélica do Amaral Gurgel Graner. Formou-se pela ESALQ em 1933, sendo seu professor desde 1936. Tornou-se livre-docente em 1937. Após concurso, assumiu em 1951 a cátedra de Agricultura Especial e Genética Aplicada (4ª Cadeira), cuja denominação passou a ser Agricultura e posteriormente (1970) originou o Departamento de Agricultura e Horticultura. Fez parte da Sociedade Paulista de Agronomia e foi “Fellow” da “John Simon Guggenheim Memorial Foundation” dos EUA. Autor de renome de mais de uma centena de trabalhos científicos, publicou os livros “Elementos de genética”, “Como aprender estatística” e “Culturas da fazenda brasileira”. Filho de família numerosa, Edgar do Amaral Graner teve onze irmãos: Alda, Ana, João Jr., Elora, Hermínia, Maria, Mariana, Nestor, Olga, Oscar e Zélia Graner.

Ernesto Giesbrecht

  • Pessoa
Entrevistado no projeto "História da ciência no Brasil", coordenado por Simon Schwartzman, com apoio da FINEP e CPDOC/ FGV

Ernesto Luiz de Oliveira Junior

  • Pessoa
Presidiu a Comissão Supervisora do Plano dos Institutos (COSUPI), desde sua criação em 28 de novembro de 1960. Com o intuito de cumprir com os objetivos da COSUPI, o professor Ernesto Luiz de Oliveira Júnior percorreu o país buscando conhecer as escolas técnicas e universidades brasileiras, apontando seus problemas e submetendo ao ministro de Estado os planos de aplicação de recursos e os progressos que já se realizavam dentro dos planos do Ministério da Educação e Cultura.

Francisco Antonio de Moraes Accioli Dória

  • FAMAD
  • Pessoa
  • 1945-
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1973) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1977). Atualmente é professor emérito/professor colaborador pleno - Engenharia de Produção, COPPE-UFRJ e professor emérito de comunicação - Engenharia de Produção, COPPE-UFRJ, alem de professor do HCTE/UFRJ. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em complexidade computacional, atuando principalmente nos seguintes temas: incompletude, cópias de gauge, sistemas dinâmicos, hipercomputação e problema p vs np. É membro da Academia Brasileira de Filosofia, membro correspondente da Academia Hispano-Belga de História, da Academia de Letras e Artes de Portugal e membro titular do Colégio Brasileiro de Genealogia.

Hugo Régis dos Reis

  • HRR
  • Pessoa
  • 1914 -1990
Hugo Régis dos Reis nasceu em Santa Catarina. Formou-se engenheiro civil e eletricista pela Escola Politécnica da Universidade Técnica Federal no Rio de Janeiro, em 1936. Começou suas atividades profissionais ainda como estudante em 1935, como estagiário na Estrada de Ferro Central do Brasil e depois como engenheiro. Em 1937, fundou com Octávio Catanhedee Cássio Veiga de Sá o primeiro escritório especializado em topografia, trabalhando em vários projetos importantes como: da Usina Siderúrgica de Volta Redonda e o da Central Elétrica de Macabue executou levantamentos cadastrais de Nova Friburgo, Florianópolis, São Gonçalo, Barra Mansa e Araruama. Paralelamente dedicou-se às atividades didáticas e em 1950 prestou concurso para professor catedrático de Topografia na Escola Nacional de Minas e Metalurgia de Ouro Preto. Em 1953, submeteu-se ao concurso de livre-docência na Escola Nacional de Engenharia. Permaneceu em exercício na Escola de Minas até 1958, quando, por concurso, conquistou a Cátedra de Astronomia e Geodésia, da Escola Nacional de Engenharia, no Rio de Janeiro. De junho de 1962 a junho de 1963, ocupou a Superintendência do Centro de Ensino e de Pesquisas de Petróleo da PETROBRÁS, quando foi nomeado diretor da mesma, permanecendo até janeiro de 1964. Politicamente, colaborou em periódicos como “Jornal dos Debates” e “Emancipação”,entre 1947 e 1952. A par da intensa atividade profissional, colaborou desde a fundação em 1948com o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional, semente da campanha “O Petróleo é nosso”. Em 1967, a “Campanha Nacional de Defesa e pelo Desenvolvimento da Amazônia” (CNDDA) então criada, teve sua inteira adesão e dedicação tendo sido inclusive, presidente do Departamento de Estudos da CNDDA

Itala Maria Loffredo D’Ottaviano

  • Pessoa
  • 1944-
Ítala Maria Loffredo D’Ottaviano nasceu em São Paulo. Fez graduação e aperfeiçoamento em Música pelo Conservatório Musical Carlos Gomes em Campinas. Graduação e licenciatura em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1966. O mestrado em Matemática com a Dissertação: Fechos Caracterizados por Interpretações foi orientado pelo professor Mario Tourasse Teixeira, junto ao Departamento de Matemática, da Universidade Estadual de Campinas, em 1974. E seu doutorado, também na Unicamp, em 1982, no mesmo Departamento de Matemática: Sobre uma Teoria de Modelos Trivalente, com orientação do professor Newton Carneiro Affonso da Costa. Foi membro fundadora do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência e Diretora deste Centro de 1986 a 1992. Atualmente é professora titular de Lógica do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Unicamp e Diretora do CLE desde 2004. Fez pós-doutoramento na University of Califórnia - Berkeley, Stanford University nos Estados Unidos, 1984-1985 e University of Oxford, Inglaterra, 1988. Na sua trajetória profissional ocupou outros cargos tais como: Presidente da Sociedade Brasileira de Lógica, do Committee on Logic in Latin America – Association for Symbolic Logic e da Comissão de Atividades Interdisciplinares (CAI) do Conselho Universitário da Unicamp; Coordenadora da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (COCEN) da Unicamp; Secretária de Educação do Município de Campinas; Criadora e Editora da Coleção CLE, coleção de livros publicados pelo Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, nas áreas de lógica, epistemologia e história da ciência; Editora do Boletim da Sociedade Brasileira de Lógica; Assessora "ad-hoc" da FAPESP, CNPq, CAPES, FAEP/Unicamp, FAP/DF, FONDICYT/Chile e IVIC/Venezuela, Argentina; Membro do Grupo de Lógica Teórica e Aplicada (GLTA) do CLE/IFCH – Unicamp; Líder dos Grupos de Pesquisa "Auto-Organização" e "Lógica e Epistemologia" do CLE e IFCH/Unicamp, cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – CNPq, Plataforma Lattes; "Reviewer" ad Zentralbatt für Mathematik, Mathematical Reviews e Journal of Symbolic Logic. Atua como refererencia de importantes revistas científicas nacionais e do exterior (Ciência e Cultura, Manuscrito, Boletim da Sociedade Paranaense de Matemática, The Journal of Applied Non-Classical Logics e Studia Lógica). É membro do corpo editorial das seguintes publicações: Coleção CLE; The Journal of Applied Non-Classical Logics e Ludus Vitalis - Journal of Philosophy of Life Sciences; Revista Vivência Episteme. Possui inúmeras publicações, dentre as mais relevantes destacam-se: On NCGw: a paraconsistent sequent calculus. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics. Ed. Marcel Dekker, New York, USA, v.228, p.227-240, 2002; Em colaboração com José Eduardo Moura; Conservative Translations. Annals of Pure and Applied Logic, Ed: North Holland, Amsterdam, Holland, v.108, p.205-227, and 2001; Em colaboração com H. A. Feitosa; Natural deduction for paraconsistent logic, Logica Trianguli, v.4, p.3-24, 2000; Em colaboração com Milton A. de Castro; Algebraic Foundations of Many-Valued Reasoning. Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, Trends in Logic, v.2, 223p, 2000; Em colaboração com Roberto L.O. Cignoli e Daniele Mundici; Paraconsistent Logics and Translations. Synthese – an International Journal for Epistemology, Methodology and Philosophy of Science, Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, v.125, n.12, p.77-95, and 2000; Em colaboração com Hércules A. Feitosa; Translations between Logics. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics, Models, Algebras and Proofs, v.203, p.435-448, 1999; Em colaboração com Jairo J. Silva e Antonio M. Sette. Many-Valued Logics and Translations. The Journal of Applied Non-Classical Logics, Ed: Editions Hermes, Paris,  France, v.9, n.1, p.121-140, and 1999; Em colaboração com Hércules A. Feitosa; Definability and Quantifier Elimination for J3-Theories. Studia Logica, Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, v.46, n.1, p.37-54, 1987; The Model Extension Theorems for J3-Theories. Lecture Notes in Mathematics, Methods in Mathematical Logic, Ed: Springer & Verlag, Berlin, Alemanha, v.1130, p.157-173, 1985; The Conditional and Paraconsistent Logics. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics, v.94, Mathematical Logic and Formal Systems, New York: Marcel Dekker, p.141-160, 1985. Em colaboração com E.G.K. López-Escobar.

Ivo Brand

  • Pessoa

Joaquim da Costa Ribeiro

  • JCR
  • Pessoa
  • 1906-1960
Joaquim da Costa Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro. Filho de Antonio Marques da Costa Ribeiro. Diplomou-se engenheiro civil e engenheiro mecânico-eletricista, em 1928 na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1933, tornou-se livre docente e desde 1946, professor catedrático de física geral e experimental da Faculdade Nacional de Filosofia, na qual foi professor chefe do Departamento de Física. Iniciou sua atividade acadêmica em 1940, com trabalhos originais sobre um novo método para a realização de medidas de radioatividade e a aplicação desse método ao estudo de minerais radioativos brasileiros. Em 1944, que descobriu um novo fenômeno físico de caráter muito geral, consistindo na produção de cargas elétricas associadas a mudanças de estado físico de dielétricos em que uma das fases é sólida, fenômeno esse que denominou de efeito termo-dielétrico, também conhecidocomo efeito Costa Ribeiro. O estudo deste fenômeno gerou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior. A partir de então, fez parte de várias expedições de estudo no Brasil e no exterior, participando de conferências e congressos. Em 1953, foram-lhe conferidos o Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências, pela descoberta do efeito termo-dielétrico e o Prêmio Álvaro Osório de Almeida, do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), pelo conjunto de sua obra científica. Participou e foi membro, como delegado do Brasil, do Comitê Consultivo das Nações Unidas para as Aplicações Pacíficas da Energia Nuclear. E, em 1955 e 56 colaborou na elaboração do projeto do Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica, tendo participado também, como delegado do Brasil, da Conferência Internacional de Nova York que aprovou o texto finaldo referido Estatuto. Foi designado membro da Comissão de Energia Atômica do CNPq da qual foi posteriormente presidente, ainda em 1956. Em 1957, foimembro da Comissão Nacional de Energia Nuclear da Presidência da República. Em outubro de 1957 participou como delegado do Brasil, da I Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena. E, em fevereiro de 1958, por indicação do Diretor Geral, homologada pela respectiva junta Governativa, foi nomeado Diretor da Divisão de Intercâmbio e Treinamento da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena, cargo que desempenhou até novembro de 1959. De regresso ao Brasil em dezembro de 1959, reassumiu suas funções como membro do Conselho Deliberativo do CNPq, suas aulasdo curso normal do Instituto de Educação, como professor catedrático, a chefia do Departamento de Física e a cátedra de Física Experimental da Faculdade Nacional de Filosofia. Como reconhecimento ao seu trabalho, em 10 de outubro de 1973, foi-lhe conferida a Medalha Carneiro Felippe, oferecida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, recebida por seu filho mais velho Sérgio Cristiano Costa Ribeiro, também físico.

José Carlos Valladão de Mattos

  • JCVM
  • Pessoa
  • 1940-

José Carlos Valladão de Mattos nasceu no dia 05 de julho de 1940, na cidade do Rio de Janeiro, então Estado da Guanabara, filho de Jayme Vieira de Mattos e Emir Valladão de Mattos.

Valladão, como é conhecido no meio acadêmico, foi aluno da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil de 1962 a 1964. Transferiu-se para a Universidade de Brasília em 1965, onde concluiu o Bacharelado em Física. Em 1968 conclui o mestrado em Física no Instituto Central de Física Pura e Aplicada da UnB nessa mesma Universidade.

Em 1966 cursou disciplinas de pós-graduação no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – CBPF e em julho de 1968 apresentou a dissertação “Estudo da Emissão de Hidrogênio na Banda 21cm e a Estrutura da Galáxia”, sob orientação do Prof. Luiz Carlos Gomes e obteve o grau de Mestre em Física pelo Instituto Central de Física Pura e Aplicada da Universidade de Brasília.

Em setembro de 1968, uniu-se ao grupo do Prof. Sérgio S. P. Porto, na “University fo Southern Califónia” onde trabalhou até 1971, cumprindo nesse período todos os cursos e exames, inclusive o exame de qualificação para obtenção do título de Doutor em Fìsica.

Em agosto de 1971 foi contratado pelo Departamento de Física do Estado Sólido e Ciência dos Materiais – DFESCM, da Universidade Estadual de Campinas, por solicitação do Prof. Carlos Alfredo Argüello.

Em seus primeiros anos na Unicamp, foi responsável pela planificação do Laboratório de Espalhamento de Luz (Raman II) do DFESCM e desenvolveu pesquisas com o Diretor do Departamento, Prof. Rogério Cezar de Cerqueira Leite, seu orientador, que resultaram no artigo “Non-Equilibrium Phonon Distribution and Electron Phonon Coupling in Semi-conductors”, concluído em 1972 e publicado na Solid State Communications, Vol. 12, pp. 465-468, Março de 1973. Em 11 de maio de 1973, obteve o título de doutor ao defender a tese “Distribuições Não-equilibradas de Fonons Ópticos em Semicondutores”

De setembro de 1974 a agosto de 1976, licenciou-se da Unicamp e retornou aos Estados Unidos a convite da Bell Laboratories, onde trabalhou com o Dr. John M. Worlock, na qualidade de pesquisador visitante, desenvolvendo trabalhos em condensação de excitons, ou gotas de életron-buraco em Germânio.

De 1977 a 1979, além de suas atividades didáticas e de pesquisa, exerce diversas outras funções administrativas no Instituto de Física destacando-se a de Co-Executor do Projeto Física para o Ensino Secundário (MEC/Unicamp), além de tornar-se colaborador da Seção Ciência e Tecnologia do Jornal Folha de São Paulo.

Em 1980 licenciou-se novamente da Unicamp e passou dois anos na UnB, como professor visitante, onde contribuiu na reforma do Curso Básico Geral da Física, oferecido para todos os cursos das áreas de ciências e também na reformulação da disciplina de Física Ondulatória. Como pesquisador colaborou com o Grupo de Física da Matéria Condensada colocando em funcionamento um laboratório de interação de luz com a matéria, com duas atividades principais: espectroscopia fotoacústica e espectroscopia ótica.

Em 1981, de volta à Unicamp, passa para o Departamento de Física Aplicada para atuar no Laboratório de Pesquisa em Dispositivos – LPD em convênio com o CpqD / Telebrás/ CNET em pesquisa sobre caracterização de junções de semicondutores, usados na fabricação de lasers de GaAs. Tornou-se também Coordenador de Pós-Graduação do Insituto de Física, cargo que exerceu até 1983.

De abril a maio de 1983 esteve por um mês no Max Planck Institut fur Festköperforschung em Stuttgart, convidado pelo Dr. Ernest Göbel para trabalhar em espectroscopia ultra-rápida de fonons e fotoluminescência de populações não-equilibradas termicamente com a rede cristalina. O convite deveu-se ao seu trabablho de doutorado no tema dez anos antes. Na época no IFGW a possibilidade de trabalho restringia-se a região de microssegundos, sendo que nos laboratórios do Dr. Göbel havia facilidades para espectroscopia de picosegundo. No período em que esteve na Alemanha também interagiu com o grupo do Dr. Pilhuln da Univesidade de Stuttgart, com estruturação semelhante ao grupo da Telebrás, onde procurou coletar o maior número de informações sobre lasers de GaAs e InGaAsP quanto a defeitos, novas estruturas e metodologias para estudos óticos de substratos e camadas epitaxiais e teve extensivas discussões com o Dr. Sawer, responsável pelo desenvolvimento de estudos de defeitos em semicondutores. Um resultado significativo de sua visita ao Max Planck foi a proposta do Dr. Göbel de estabelecer em bases definitivas um intercâmbio com a Unicamp, através do programa de colaboração bilateral Max Planck Society/CNPq, abrindo a possibilidade para que alunos e pesquisadores em nível de pós-doutorado brasileiros pudessem visitar esse laboratório. Na segunda etapa da viagem passou duas semanas no Bell Laboratories onde interagiu estreitamento com o grupo de estudo de propriedades óticas no infravermelho que trabalhava majoritariamente em física e tecnologia de camadas epitaxiais de GaAs e InGaAsP, visando dispositivos tais como lasers e detectores.

Além de sua atividade como pesquisador, a partir de setembro de 1983 passa a ser o executor do Convênio Unicamp/CNPq/SUBIN/MRE “Capacitação de Pesquisadores e Professores Latino-Americanos”. A partir de 1985 para a ser também executor do Convênio Unicamp/Secretaria de Educação do Estado de São Paulo/CENP “Atualização e aperfeiçoamento de docentes e especialistas do quadro do Magistério Público do Estado de São Paulo.

Foi representante docente no Conselho Diretor da Unicamp nos biênios 1982-1984 e 1984-1986.

Em maio de 1986 foi designado Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários respondendo pela execução de diversos convênios e projetos até o final do mandato do Prof. Paulo Renato Costa Souza como Reitor em 1990, tais como:

- Organização e realização do Encontro Integração entre os Setores Produtivos e de Pesquisa e Desenvolvimento em 1986; a Feira de Tecnologia da Unicamp – evento de grande porte visitado por mais de 170.000 pessoas na Unicamp e no Rio de Janeiro, durante o qual ocorreram o Encontro de Tecnologia e Desenvolvimento Industrial, a realização da Reunião Mensal FIESP/CIESP – DECOR e o Encontro da Indústria do Estado de São Paulo em Agosto/Setembro de 1988; a Interação Universidade-Empresa ação em larga escala no estabelecimento do convênios na área tecnológica com empresas privadas. Implantou diversos projetos educativos para a comunidade da Unicamp e de extensão em colaboração com a Prefeitura Municipal e orgãos da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e Ministério da Educação. Projetos habitacionais para alunos e funcionários entre outras ações sociais.

De 1990 a 1991 foi Assessor Especial do Secretário de Ciência e Tecnologia e Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Luiz Gonzaga Belluzo.

Em 1992 aposentou-se pela Unicamp.

Em 2001 torna-se Diretor Superintendente da Companhia de Desenvolvimento do Pólo de Alta Tecnologia de Campinas – CIATEC, concebido na década de 1970 por Rogério Cezar de Cerqueira Leite, professor emérito do Instituto de Física da Unicamp , constituida por decreto municipal em 1991 e transformada em empresa de economia mista, mantendo a Prefeitura de Campinas como acionista majoritária.

Leônidas Helmuth Baebler Hegenberg

  • LH
  • Pessoa
  • 1925-2012
Leônidas Helmuth Baebler Hegenberg licenciou-se em Matemática e Física pela Universidade Mackenzie (1947-1950) e em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1955-1958). Estudou como aluno regular na Universidade da Califórnia, Berkeley, E.U.A. (1960-1962). Prestou concurso e foi admitido no ITA. em 1950, onde passou a lecionar no departamento de Matemática, e, de 1960 em diante, no departamento de Humanidades. Foi professor titular desse Instituto.
Leônidas Hegenberg foi responsável pelo setor de Lógica, no programa de pós-graduação da Universidade Católica de São Paulo (1970-1975) e esteve associado à FFCL de Assis (1963-1964), à FFCL de Presidente Prudente(1964), à Escola de Engenharia de Guaratinguetá (1969-1972), ao setor de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Espaciais (1971-1973), e à Escola de Comunicação e Artes da USP (1974), além de ministrar cursos em várias capitais brasileiras.
O Professor Leônidas Hegenberg exerceu ainda cargos administrativos no ITA e tornou-se membro de diversas sociedades científicas, como por exemplo, o Instituto Brasileiro de Filosofia, Philosophy of Science Administration, The British for the Philosophy of Science, Sociedade Paranaense de Matemática, Association for Symbolic Logic, entre outras.
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