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Persona

César Lattes

  • CL
  • Persona
  • 1924-2005
Cesare Mansueto Giulio Lattes nasceu em Curitiba, em 11 de julho de 1924. Em 1943 recebeu os diplomas de bacharel em Matemática e Física pela Faculdade de Filosofia e Ciências e Letras da USP. Foi lá que iniciou sua carreira científica, no então Departamento de Física, ao publicar um trabalho científico sobre a abundância de núcleos no Universo, em parceria com Gleb Wataghin. Cesar Lattes tornou-se mundialmente conhecido em 1947, quando descobriu a partícula méson-pi em colaboração com Giuseppe Occhialini e Cecil Powell. Na época, Lattes trabalhava no laboratório H.H. Wills da Universidade de Bristol, dirigido por Powell, onde melhorou a técnica de emulsão nuclear em chapas fotográficas desenvolvida pelo próprio Powell. Depois viajou para o Monte Chacaltaya, Bolívia, a 5200m de altura, onde expôs as chapas fotográficas aos raios cósmicos e descobriu o méson-pi, cuja existência foi prevista teoricamente em 1935, por Hideki Yukawa. Estes resultados foram publicados na revista Nature, em 24 de maio de 1947, sob o título "Processes involving charged mesons". Nessa época Lattes tinha apenas 22 anos. No ano seguinte fez outra importante contribuição à Ciência. Em colaboração com Eugene Gardner, Lattes obteve artificialmente a partícula méson-pi no recém-construído sincro-cíclotron da Universidade da Califórnia, em Berkeley. Lattes quase foi contemplado com o Prêmio Nobel de Física. Retornando ao Brasil em 1949, teve importante papel na catalisação dos esforços que levaram finalmente à criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) - atual Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - em 1951.Diretor Científico do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas desde a fundação, em 1949, e principal consultor científico nos primeiros anos do Laboratório de Chacaltaya, cria, na USP em 1957, um laboratório para estudos de interações a altas energias na radiação cósmica. A partir de 1962, lidera a reunião de grupos brasileiros e japoneses num projeto de longo alcance sobre interações a altas energias na radiação cósmica.
Em 1967, Lattes assume o cargo de professor titular no recém-fundado Instituto de Física Gleb Wataghin da Unicamp, tornando-se o primeiro diretor do Departamento de Raios Cósmicos, Cronologia, Altas Energias e Léptons. Em 1969, ele e seu grupo descobriram a massa das denominadas bolas de fogo (fireball). Em 1986, aposentou-se da Unicamp, recebendo, no mesmo ano, o título de Doutor Honoris Causa e de Professor Emérito da universidade. Cesar Lattes faleceu em Campinas, no dia 8 de março de 2005.

Newton Freire-Maia

  • NFM
  • Persona
  • 1918-2003
Newton Freire-Maia foi geneticista, pesquisador e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nasceu na cidade de Boa Esperança (MG), em 29 de Junho de 1918, filho de Belini Augusto Maia e de Maria Castorina Freire Maia. Em 1945, graduou-se em Odontologia pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA). Em 1947, graduou-se pela segunda vez, em Biologia na Universidade de São Paulo (USP), onde trabalhou com André Dreyfus, Crodowaldo Pavan, Rosina de Barros e Antonio Brito da Cunha. Casou-se com Flávia Leite Neves, em 1948. Entre 1946 e 1951 lecionou na USP, onde dedicou-se principalmente ao estudo da genética em moscas Drosophila melanogaster. A partir de 1951, a convite de Homero Braga, passou a atuar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde foi professor titular até 1979. No mesmo ano do ingresso, criou o Laboratório de Genética, embrião do Departamento de Genética, instituído em 1971. Entre 1956 e 1957 fez aperfeiçoamento no Departamento de Genética Humana da Escola de Medicina da Universidade de Michigan (Ann Arbor, Estados Unidos), com bolsa da Fundação Rockefeller. Este estágio marcou a mudança dos objetos de estudo de Freire-Maia e sua equipe, deixando de lado as Drosophilas e dedicando-se a partir de então à Genética Humana. O então Laboratório de Genética da UFPR transformou-se em Laboratório de Genética Humana (LGH), em 1958, e a equipe do Professor Newton, pioneira na área de Genética Humana e Médica no Brasil, passou a pesquisar sobre: os efeitos genéticos de casamentos consanguíneos na morbidade e/ou mortalidade precoces; os efeitos genéticos das radiações ionizantes; malformações dos membros e displasias ectodérmicas. Nesta época, Newton Freire-Maia foi pioneiro também na implantação do “Serviço de Informação sobre Hereditariedade Humana” na UFPR, que oferecia aconselhamento genético de forma gratuita à população. Em 1960 concluiu o doutorado em Biofísica pela Universidade do Brasil (atual UFRJ), com a tese “Alguns aspectos do problema dos casamentos consanguíneos no Brasil”, sob a orientação do professor Antônio Geraldo Lagden Cavalcanti. Em 1970 foi para Genebra (Suíça), onde trabalhou durante um ano como cientista da Unidade de Genética Humana da Organização Mundial de Saúde (OMS). Casou-se pela segunda vez em 1974 com a professora e cientista Eleidi Alice Chautard com quem viveu até a sua morte. Newton Freire-Maia foi sócio fundador da Sociedade Brasileira de Genética (SBG), em 1955, sendo seu presidente na gestão 1960-1962. Foi representante do Brasil na OSM e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Foi do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sendo, em 1975, eleito vice-presidente, tendo também recebido o título de presidente de honra desta sociedade. Depois da aposentadoria, Newton continuou suas atividades científicas, tanto no Brasil como no exterior. Em 1982, fundou com a Dra. Marta Pinheiro Centro de Estudos de Displasias Ectodérmicas (CEDE) do Departamento de Genética da UFPR, tendo descrito 23 displasias ectodérmicas novas, publicando inúmeros artigos científicos e quatro livros, o que levou o centro a tornar-se referência internacional sobre o assunto. Escreveu, ao longo de sua vida, cerca de 500 trabalhos científicos, entre artigos, livros, capítulos e resumos. Após sua conversão ao catolicismo, no início da década de 1980, dedicou-se também ao estudo das relações entre ciência e religião. Sua dedicação à Ciência lhe valeu inúmeros prêmios, títulos e homenagens, tanto nacionais quanto internacionais. Em 2002 foi admitido como Comendador na Ordem Nacional do Mérito Científico. No mesmo ano, o governador do Paraná criou um parque temático dedicado a ele, o Parque da Ciência Newton Freire Maia em Curitiba. Teve papel importante na formação de Henrique Krieger (USP), Ademar Freire Maia (UNESP), Bento Arce-Gomez, Lodércio Culpi Eleidi Chautard Freire Maia e Marta Pinheiro (UFPR), expoentes da Área de Genética Humana e Médica no Brasil. Teve quatro filhos, todos do primeiro casamento: Regina Flávia Naves Freire Maia, Fátima Naves Freire Maia, Newton Freire Maia Filho e Marco Domiciano Naves Freire Maia. O Professor Doutor Newton Freire-Maia faleceu no dia 10 de maio de 2003, em Curitiba, aos 84 anos de idade.

Andrea Maria Altino de Campos Loparic

  • Persona
  • 1941-2021
Andrea Maria Altino de Campos Loparic (1941-2021) foi professora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Fez seu doutorado na Unicamp (1988), onde também atuou como membro do CLE e professora.

Leônidas Helmuth Baebler Hegenberg

  • LH
  • Persona
  • 1925-2012
Leônidas Helmuth Baebler Hegenberg licenciou-se em Matemática e Física pela Universidade Mackenzie (1947-1950) e em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo (1955-1958). Estudou como aluno regular na Universidade da Califórnia, Berkeley, E.U.A. (1960-1962). Prestou concurso e foi admitido no ITA. em 1950, onde passou a lecionar no departamento de Matemática, e, de 1960 em diante, no departamento de Humanidades. Foi professor titular desse Instituto.
Leônidas Hegenberg foi responsável pelo setor de Lógica, no programa de pós-graduação da Universidade Católica de São Paulo (1970-1975) e esteve associado à FFCL de Assis (1963-1964), à FFCL de Presidente Prudente(1964), à Escola de Engenharia de Guaratinguetá (1969-1972), ao setor de pós-graduação do Instituto de Pesquisas Espaciais (1971-1973), e à Escola de Comunicação e Artes da USP (1974), além de ministrar cursos em várias capitais brasileiras.
O Professor Leônidas Hegenberg exerceu ainda cargos administrativos no ITA e tornou-se membro de diversas sociedades científicas, como por exemplo, o Instituto Brasileiro de Filosofia, Philosophy of Science Administration, The British for the Philosophy of Science, Sociedade Paranaense de Matemática, Association for Symbolic Logic, entre outras.

Antônio Rodrigues Cordeiro

  • Persona
  • (1923-)
Antônio Rodrigues Cordeiro, nascido em 1923 em Bagé (RS), ingressou em 1945 no Curso de História Natural da Universidade de Porto Alegre, depois, UFRGS. Tornou-se Auxiliar de Laboratório de Botânica, do conhecido Prof. Dr. Alarich R. Schultz. Recebeu também, forte influência do Dr. José Grossman, geneticista e melhorista vegetal russo-brasileiro e do Dr. Karl Hogetop, fisiologista vegetal, alemão-brasileiro. Passou depois à citogenética de orthopteros, estimulado pelo Dr. Francisco A. Saez, em visita de estudos a Argentina. Recém-formado, Bacharel e licenciado em História Natural, 1947, foi nomeado Assistente da Cátedra de Biologia, dedicando-se ao ensino teórico e prático de Citologia, Histologia, Embriologia, Genética e Evolução. Como decorrência de uma visita à USP e sua correspondência com o Prof. Crodowaldo Pavan, iniciou coletas intensivas de Drosophila. Daí resultou o convite para o estágio de trabalhos, e estudos no curso sobre Genética e Evolução lecionado pelo Prof. Theodosius Dobzhansky na USP (1948-1949), com bolsa da Fundação Rockefeller. São frutos desse período, artigos científicos no Genetics e Evolution etc. mas, principalmente, a escolha do tema da tese de doutoramento. Na volta a Porto Alegre (1949), fundou o Laboratório de Genética da UFRGS com a colaboração de um estudante, o posteriormente renomado Prof. Francisco Salzano e dois colegas de colégio, o químico Prof. Flavio Lewgoy e o biofísico Prof. Casemiro V. Tondo que possibilitaram a introdução pioneira no Brasil de metodologias moleculares na genética das populações. A tese de doutoramento, ARC a desenvolveu na Columbia University, N.Y.C. (1951-1952) como bolsista da Rockefeller Foundation: “Efeitos dos genes letais ‘recessivos’ em estado heterozigoto em Drosophila willistoni de populações naturais”.
No início da década de 1960 ARC fez concurso de Livre-Docência com tese sobre “Raças e espécies do grupo Willistoni caracterizadas por cromatografia bidimensional de pteridinas” recebendo outro grau de doutor; só então foi promovido a Professor Adjunto. Convidado, participou do planejamento da Universidade de Brasília (1962). No período de 1963 a 1965, ARC foi Prof. Titular, por exame de Curriculum Vitae, Coordenador do Instituto Central de Biologia; substituto, temporário do Prof. Roberto Salmerón, como Coordenador Geral dos Institutos Centrais. Com a intervenção ditatorial de 1965 na UnB, voltaram os gaúchos para a UFRGS. A convite do Prof. Walter Plaut, ARC, H.Winge e Nena B. Morales fizeram pesquisas na Universidade de Wisconsin, Madison (1967-1969) sobre padrões de síntese de DNA e RNA em cromossomos politênicos de híbridos interespecíficos de Drosophila. Em 1981 ARC aposentou-se e recebeu o título de Prof. Emérito e foi contratado como Prof. Visitante na UFRJ (1982). Foi chamado a cooperar na organização da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (Uenf) e em 1995 mudou-se para Campos, tornando-se o Chefe do Laboratório de Biotecnologia.

Antonio Quelce Salgado

  • Persona
  • (1932-)
Salgado foi um professor e geneticista brasileiro. Em meados da década de 1950, ele iniciou sua carreira acadêmica como estagiário no Laboratório de Genética Humana (LGH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob supervisão de Newton Freire-Maia. Trabalhou até o início da década de 1960 no LGH, realizando trabalho de campo coletando dados para a pesquisa sobre consanguinidade na população brasileira. Em 1962 foi contratado como professor na Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), em Marília, que futuramente veio a compor a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho".
Em meados de 1960, em Marília Quelce sofreu com perseguições políticas assim como o, também professor, Ubaldo Puppi. Ambos foram denunciados por darem cursos sobre a conjuntura político-econômica do Brasil; por defenderem a reforma agrária e por participarem de um programa de alfabetização (Método Paulo Freire). Os dois professores acabaram presos. A repressão se estendeu ao longo daquela década. Já em 1983, no campus situado na cidade de Assis, Salgado era um dos candidatos a novo diretor sendo escolhido através de consulta à comunidade e vencendo por ampla maioria nos três segmentos. Entretanto, contrariando o resultado da consulta, o reitor Armando Octávio Ramos não o nomeou. A reação da comunidade foi uma greve, que durou 64 dias. Entre 1984-1986, ele ocupou o cargo de presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp). Anos depois, foi residente do Conselho Estadual do Idoso (SP, c. 2003).

Antônio Geraldo Lagden Cavalcanti

  • Persona
  • [1916-1990]
Cavalcanti foi médico, educador, cientista e fundador do Centro de Pesquisas Genéticas (CPGEn). Em 1933, ele entrou para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se cinco anos depois. Apesar de ter se graduado em medicina, ao que tudo indica, ele não exerceu esta profissão. Os interesses de Cavalcanti estiveram mais ligados à história natural e ao ensino desta disciplina. Em 1941 foi contratado como professor de História Natural no antigo Colégio Universitário. Já em 1943, Cavalcanti foi nomeado catedrático interino de Biologia Geral na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil. No mesmo ano, um grupo liderado por André Dreyfus e Theodosius Dobzhansky, este último um influente e consagrado biólogo russo naturalizado americano, começou a fazer pesquisas em genética evolutiva no Brasil, na USP. E Cavalcanti foi chamado para compor este grupo em 1948 por Dobzhansky e Dreyfus a fazer pesquisas com a variabilidade genética de duas espécies de drosófilas, juntamente com Crodowaldo Pavan, Chana Malogolowkin e o próprio Dobzhansky. No entanto, Cavalcanti já trabalhava com genética de populações de drosófilas no Rio de Janeiro desde 1944. Através do contato com a escola de genética moderna “Dreyfus-Dobzhansky”, Cavalcanti teve a oportunidade de trabalhar no laboratório chefiado por Dobzhansky na Universidade de Columbia (NY, EUA), financiado pela Fundação Rockefeller. Em 1949, Cavalcanti levou ao Rio os destacados Dreyfus e Dobzhansky para dar duas conferências na FNFi: “Teorias modernas da evolução” por Dreyfus e “Genética e problemas humanos” por Dobzhansky. Em 1950, Cavalcanti participou de um concurso para catedrático efetivo do departamento de biologia geral da FNFi e é aprovado; pouco depois também consegue trabalhar em tempo integral na FNFi. Em 1950, Cavalcanti funda o CPGen dentro da FNFi, contando já com os seguintes membros: A.G.L Cavalcanti, Oswaldo Frota-Pessoa e Chana Malogolowkin. Em agosto de 1952 Cavalcanti vai para os EUA novamente, para trabalhar no laboratório de Dobzhansky em Nova Iorque, desta vez patrocinado pelo CNPq. Em 1953, Cavalcanti vai para a Itália representando o CPGen e a FNFi no IX Congresso Internacional de Genética, em Bellagio. Em 1964 Cavalcanti volta aos EUA, desta vez para trabalhar como pesquisador associado de James Neel, na sua clínica de hereditariedade em Michigan. Depois ele foi para a Universidade de Cornell, onde ficou trabalhando com citogenética humana no setor de pediatria do hospital universitário. Após a Reforma Universitária implementada em 1968, Cavalcanti é nomeado diretor pro tempore do nascente Instituto de Biologia da UFRJ. Ademais, ele foi professor convidado nos cursos de pós-graduação do American College of Physicians e da Universidade do Texas; Pesquisador Associado na Universidade Cornell e assessor da Divisão Psicossocial do Colégio Interamericano de Defesa (CID), em Washington D.C.; e participou como um dos representantes brasileiros nos congressos internacionais de genética realizados em Estocolmo, Ottawa e Tóquio.

André Dreyfus

  • Persona
  • (1897-1952)
Nascido em 1897, em Pelotas (RS), Dreyfus formou-se na Faculdade de Medicina (c. 1919) da Universidade do Brasil, atualmente denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fundou, em 1919, um curso particular de Histologia e Embriologia. Em 1922, já incluía aulas sobre Genética e Evolução nos seus cursos, sendo pioneiro nesses estudos em nosso país. Em 1927, foi para São Paulo onde integrou o corpo docente da USP, como assistente das matérias de Histologia e Embriologia na Faculdade de Medicina. Lá lecionou nas Faculdades de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), Medicina, Farmácia e Odontologia; e nas Escolas de Sociologia e Política e Paulista de Medicina.
Quando foi criado o regime de tempo integral, fixou-se no Departamento de Biologia Geral da FFCL; depois do seu concurso para professor catedrático e da obtenção do regime de tempo integral, manteve sempre estreitos vínculos científicos e sociais com todos os laboratórios para cuja formação contribuiu. Foi diretor da FFCL por um período de quatro anos.
Um ponto marcante para o desenvolvimento de Genética no Brasil foi a descoberta de Dreyfus pelo dr. Harry M. Miller Jr., da Fundação Rockefeller. A admiração por Dreyfus e a confiança nele depositada levou a Fundação Rockefeller a trazer para o seu laboratório, na FFCL, o professor Theodosius Dobzhansky, um dos maiores geneticistas e pensadores da Biologia, assim como a financiar a compra de equipamentos e a pesquisa do laboratório. Dreyfus, Dobzhansky, seus amigos e colegas Brieger, em Piracicaba, Krug no Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o dr. Harry M. Miller Jr. foram os primeiros responsáveis pelo desenvolvimento da Genética moderna no Brasil.
Nos últimos anos de sua vida foi atormentado por problemas de saúde relacionados com pressão alta. Apesar da saúde delicada, continuou imprudentemente ativo. Dias antes de falecer, escreveu volumoso trabalho de crítica a uma danosa reforma do ensino que estava sendo projetada. Horas antes de morrer, ainda terminou a elaboração de um trabalho mostrando que a ideia de superioridade racial é geneticamente absurda. Dreyfus faleceu aos 54 anos, em São Paulo no dia 16 de fevereiro de 1952.

Edgard do Amaral Graner

  • Persona
  • Data de nascimento: 30 jul. 1909
Natural de Piracicaba, nasceu em 30 de julho de 1909. Casado com Ruth Mendes Graner, tendo dois filhos: Murilo e Eliane. Professor e engenheiro agrônomo, filho de João Graner e Maria Angélica do Amaral Gurgel Graner. Formou-se pela ESALQ em 1933, sendo seu professor desde 1936. Tornou-se livre-docente em 1937. Após concurso, assumiu em 1951 a cátedra de Agricultura Especial e Genética Aplicada (4ª Cadeira), cuja denominação passou a ser Agricultura e posteriormente (1970) originou o Departamento de Agricultura e Horticultura. Fez parte da Sociedade Paulista de Agronomia e foi “Fellow” da “John Simon Guggenheim Memorial Foundation” dos EUA. Autor de renome de mais de uma centena de trabalhos científicos, publicou os livros “Elementos de genética”, “Como aprender estatística” e “Culturas da fazenda brasileira”. Filho de família numerosa, Edgar do Amaral Graner teve onze irmãos: Alda, Ana, João Jr., Elora, Hermínia, Maria, Mariana, Nestor, Olga, Oscar e Zélia Graner.

Bernardo Beiguelman

  • Persona
  • (1932-2010)
Bernardo Beiguelman, brasileiro, natural de Santos, SP (nascimento: 15 maio 1932) foi Professor Emérito da UNICAMP, universidade na qual criou, em 1963, o Departamento de Genética Médica e da qual foi o primeiro Pró-Reitor de Pós-Graduação. Doutor pela USP foi, também, Livre Docente de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Professor Titular aposentado de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Professor Visitante do Programa de Pós-Graduação em Biologia da relação patógeno-hospedeiro do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e Membro do Conselho do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Ministrou Disciplinas em cursos de Pós-Graduação de várias universidades (UNICAMP, USP, UFPR, PUCCAMP, UFRGS, e UFPE) e foi docente e organizador da Disciplina de Genética Humana e Médica de várias universidades (UNICAMP, PUCCAMP, Fundação Universitária do ABC, entre outras). Durante vinte anos (1972-1992) foi Conselheiro (Adviser) da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo prestado consultorias a essa instituição em Genebra, Suíça, e membro do corpo de revisores da nomenclatura internacional de doenças do CIOMS (Council for International Organization of Medical Sciences). Foi Pesquisador 1-A do CNPq e pertenceu Comitê Assessor de Genética e à Comissão Assessora do Programa Integrado de Genética, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Recebeu Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico e a homenagem do 51º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Genética. Recebeu medalha do CNPq, homenagens e placas de prata da UNICAMP e placa de bronze no HC dessa universidade, e homenagens de revistas científicas ou de classe. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1970-1972) e da Associação Latinoamericana de Genética (1970-1972), da qual foi, também, Vice-Presidente em duas gestões (1985-1987; 1987-1989), Conselheiro dessas sociedades e várias vezes Conselheiro eleito da SBPC. É Membro Titular-Fundador de várias instituições (College of Hansenology of the Endemic Countries, International Association of Human Biologists, da qual foi durante vários anos Conselheiro representante da América do Sul e Caribe, Associação Latinoamericana de Genética e Sociedade Brasileira de História da Ciência) e Membro Titular ou Correspondente de outras. Pertenceu ao Conselho Científico de várias revistas com corpo editorial e participou de júris científicos para a outorga de prêmios. Deu assessoria científica gratuita a várias instituições de fomento à pesquisa. Tem 451 publicações entre livros, teses, capítulos de livros (25), publicações em revistas com seleção editorial (171) e comunicações científicas em congressos (192 nacionais e 63 internacionais). Deu orientação científica direta a cerca de 70 pesquisadores, muitos dos quais já atingiram os níveis mais altos da carreira acadêmica. Participou de 144 congressos (nacionais e internacionais), tendo sido o organizador de alguns internacionais. Proferiu 269 conferências em numerosas instituições de pesquisa e ensino, e participou de 264 bancas examinadoras em concursos acadêmicos (mestrado, doutorado, livre-docência, professor adjunto e professor titular) e júris científicos. Dentre as suas linhas de pesquisa merecem destaque seus trabalhos pioneiros sobre a resistência e suscetibilidade hereditária à hanseníase (lepra), suas pesquisas sobre genética antropológica, a série de trabalhos sobre a epidemiologia de gêmeos, que trouxe informações importantes sobre a biologia da reprodução humana e, mais recentemente, os trabalhos sobre epidemiologia genética de doenças transmissíveis comuns na Amazônia.

Ernesto Luiz de Oliveira Junior

  • Persona
Presidiu a Comissão Supervisora do Plano dos Institutos (COSUPI), desde sua criação em 28 de novembro de 1960. Com o intuito de cumprir com os objetivos da COSUPI, o professor Ernesto Luiz de Oliveira Júnior percorreu o país buscando conhecer as escolas técnicas e universidades brasileiras, apontando seus problemas e submetendo ao ministro de Estado os planos de aplicação de recursos e os progressos que já se realizavam dentro dos planos do Ministério da Educação e Cultura.

Warwick Estevam Kerr

  • Persona
Nascido em 1922, em Santana do Parnaíba, Warwick Kerr formou-se em Engenharia Agronômica pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, em 1948. Kerr foi professor visitante nas Universidades de Columbia e da Califórnia, chefe do Departamento de de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, diretor da FAPESP e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Sociedade Brasileira de Genética, além de reitor da Universidade Estadual do Maranhão e membro da Academia de Ciências do Brasil. Em 1990, passou também a ser o primeiro brasileiro integrante da Academia de Ciências dos Estados Unidos.
No âmbito da pesquisa, realizou importantes trabalhos como a descoberta de um tipo de alface com 20 vezes mais quantidade de vitamina A e a introdução da abelha africanizada no Brasil, em 1956, que o tornou um dos maiores nomes em genética de abelhas no mundo. Publicou mais de 600 pesquisas, orientou inúmeras teses de doutoramento e ministrou aulas no Brasil e exterior. Seu trabalho foi fortemente influenciado por Theodosius Dobzhanky, que teve papel central na evolução da biologia moderna, e por outros lustrosos cientistas, como André Dreyfus, Friedrich Brieger e Newton Freire-Maia, entre outros.
Kerr faleceu aos 96 anos, no dia 15/9/2018.

Allyrio Hugueney de Mattos

  • AHM
  • Persona
  • 1889-1975
Allyrio Hugueney de Mattos nasceu em Cuiabá, Mato Groso e formou-se engenheiro em 1913. Concluído o curso foi nomeado Preparador da cadeira de Topografia, em 1915, tendo prestado concurso para Livre Docente da cadeira de Topografia e Legislação de Terras, em 1925. Em 1930, foi nomeado Professor Catedrático para a Cátedra de Astronomia e Geodésia na Escola Politécnica. Em 1938 foi chamado para preparar um grupo de Engenheiros do então Conselho Nacional de Geografia (hoje Instituto Brasileiro de Geografia), a fim de determinar as coordenadas geográficas dos Municípios do Brasil. Com este trabalho, muitos municípios tiveram suas coordenadas fixadas, com a eliminação, em muitos casos, de erros enormes nos mapas. O que destacou o professor Allyrio no conjunto da engenharia nacional foi sua atuação modernizadora no que diz respeito à Cartografia, nome genérico que hoje abrange todos os tipos de levantamento e determinações de posições absolutas ou relativas de porções da superfície da terra. Como astrônomo, é o único brasileiro a observar três eclipses totais do Sol visíveis no Brasil (em 1919, 1945 e 1969). Por ocasião do eclipse em Bocaiúva (1945), recebeu o Diploma de Comendador da Ordem da Rosa Branca da Finlândia. Foi Membro Titular da Academia de Ciências e Sócio Benemérito Fundador da Sociedade Brasileira de Cartografia. Recebeu, em 1967, pelos seus méritos, o Prêmio Ricardo Franco. Na década de vinte, seu interesse pela recente descoberta da radiotelefonia levou-o, juntamente com Roquete Pinto e outros entusiastas, a fundar a Radio Sociedade do Rio de Janeiro. O Professor Allyrio Hugueney de Mattos faleceu em 7 de janeiro de 1975, no Rio de Janeiro.

Michael Beaumont Wrigley

  • MBW
  • Persona
  • 1953-2003
Michael Beaumont Wrigley nasceu no dia 4 de setembro de 1953, em Leeds, Londres. Iniciou sua graduação em Matemática, na University College, na Grã-Bretanha. Ingressou já no segundo ano em Filsofia e bacharelou-se pela University of Kent at Canterbury, na Grã-Bretanha, em 1978. Nesse mesmo ano, ingressou no programa de Filosofia da Universidade de Oxford e iniciou suas pesquisas sobre a filosofia de Wittgenstein, particularmente sobre a filosofia da matemática de Wittgenstein. Sua dissertação de mestrado intitulou-se: Alguns aspectos da filosofia da matemática de Wittgenstein (Some aspects of Witgenstein's Philosophy of Mathematics). Inscreveu-se no programa de doutorado da Universidade da Califórnia, em Berkeley, em 1980, obtendo o título de doutor em 1987, com a tese "Os estágios iniciais da Filosofia da matemática de Wittgenstein" (Wittgenstein's early Philosophy of Mathematics). Durante seu doutoramento manteve contato com importantes filósofos, dentre eles: Paul Feyerabend, John Searle e Marcelo Dascal e, também com alguns nomes da lógica mundial, como Alfred Tarski, Robert Solovay e Newton da Costa. O contato com os Professores Dascal e da Costa rendeu-lhe um convite para lecionar no Departamento de Filosofia, do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. No período de 1985 a 1986 atuou como Professor Assistente de Filosofia na Universidade Americana do Cairo, Egito. Em 1988 foi aprovado como Professor na área de Epistemologia, do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, sendo contratado em 19 de abril de 1989, iniciando suas atividades docentes em 1 de março de 1990. Foi um dos membros fundadores da Sociedade Brasileira de Ciência cognitiva. Em 1992, o Professor Michael se integra ao Grupo de Lógica do IFCH/Unicamp, composto pelos Professores Walter A. Carnielli, Antônio Mario Sette e Itala Maria Loffredo D´Ottaviano. Foi membro do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE) da Unicamp desde 1992. O Professor Michael Wrigley coordenava a Seção de Publicações do CLE quando veio a falecer em 9 de agosto de 2003.

Carmen Carneiro

  • SPCLEARQ NCAC DP DCC
  • Persona
Carmen Carneiro é tia de Newton Carneiro Affonso da Costa. Trata-se de 82 cartas e 2 cartões de natal trocados entre ela e o sobrinho os anos de 1965 a 2002. Foram quase quatro décadas de intenso contato, sempre marcado por carinho e atenção especiais. As histórias retratadas pelas cartas trocadas entre a tia e o sobrinho nos envolvem em um ambiente familiar e no cotidiano da trajetória intelectual de um dos maiores lógico-filosofo da história contemporânea. Em várias de suas missivas encontramos menções a pensadores, filósofos, poetas clássicos e contemporâneos tais como: Shakespeare, Castro Alves, Casimiro de Abreu, entre outros. No decorrer dos anos de correspondência contínua pode-se também, recordar através dos comentários da tia Carmen, fatos históricos marcantes como a Ditadura Militar, a Copa Mundial de Futebol de 1982, na Espanha, a inflação brasileira durante o governo Sarney, o Plano Cruzado, enfim, muitos acontecimentos são comentados a partir da visão da escritora paranaense. Essa correspondência relata as dificuldades enfrentadas por Newton no percurso de sua trajetória acadêmica e intelectual, as constantes contestações acerca de seu trabalho, as diversas viagens às Universidades do Brasil, das Américas, Europa e Australasia, nas quais muitas vezes enfrentava uma carga horária intensa de seminários e palestras em sua luta para defender as teorias nas quais acreditava resolutamente. Muitos dos esboços dos poemas publicados por Carmen Carneiro estão registrados nas cartas enviadas para Newton da Costa, nas quais ela pedia sua apreciação ou sugestões. Compõem esse Dossiê seus livros de poesia: Poemas Escolhidos, Luz e Sombras e Plenitude. Há também o livro de Herbert Munhoz Van Erven: A poesia essencialista de Carmen Carneiro e, por fim, um cartão trocado entre os primos Carmen e ? [Marina].

Francisco Antonio de Moraes Accioli Dória

  • FAMAD
  • Persona
  • 1945-
Possui graduação em Engenharia Quimica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1968), mestrado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1973) e doutorado em Física pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (1977). Atualmente é professor emérito/professor colaborador pleno - Engenharia de Produção, COPPE-UFRJ e professor emérito de comunicação - Engenharia de Produção, COPPE-UFRJ, alem de professor do HCTE/UFRJ. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em complexidade computacional, atuando principalmente nos seguintes temas: incompletude, cópias de gauge, sistemas dinâmicos, hipercomputação e problema p vs np. É membro da Academia Brasileira de Filosofia, membro correspondente da Academia Hispano-Belga de História, da Academia de Letras e Artes de Portugal e membro titular do Colégio Brasileiro de Genealogia.

Michel Maurice Debrun

  • MMB
  • Persona
  • 1921 -1997
Michel Debrun nasceu na França. Cursou a "École Normale Supérieure" de Paris, na área de Filosofia, licenciando-se em Filosofia pela Sorbonne, em 1944. Formou-se pela "École Libre de Sciences Politiques" (hoje "Institut d’Études Politiques" de Paris), nas áreas de finanças públicas e ciência política. Tornou-se professor concursado (Agrégé) de Filosofia, pela Universidade de Paris, em 1946. Em 1982 obteve o título de livre-docente em Filosofia Política, na UNICAMP, apresentando o trabalho sobre o tema "A partir de Gramsci: Filosofia, Política e Bom Senso". Lecionou de 1946 a 1956 na Universidade de Toulouse, como professor de Filosofia Social e Política da "Faculté des Lettres et Sciences Humaines" e como professor de Filosofia do curso de seleção de graduados para ingresso na "École Normale Supérieure", de Paris. Radicado no Brasil desde 1956, ministrou cursos de Política no Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB), durante o ano de 1958 e foi convidado como professor visitante de Sociologia e Ciência Política, em missão do Governo Francês, na Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas (EBAP/FGV), até 1960. Trouxe para essa Escola a cultura sólida e bem estruturada, que é tradicional entre os mestres franceses, e nela, em contato diário com professores e alunos, assimilou a alma brasileira e a nossa língua. No último ano de sua permanência na EBAP/FGV e, por solicitação dessa instituição, escreveu o livro O Fato Político, onde "pretende facilitar uma tomada de consciência da dimensão política e das relações entre a vida política e a vida social total". De 1960 a 1965, lecionou como professor visitante de Ciência Política e Ética no Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP. O professor Debrun foi destacado pela UNESCO entre: 1966 e 1968 para, em missão junto ao Ministério da Educação do Brasil, assessorar e elaborar projetos de reestruturação administrativa das Secretarias Estaduais de Educação e Cultura; 1968 e 1970, junto ao Governo do Irã, para a elaboração de projetos de formação e reciclagem de planejadores e administradores educacionais, e para a montagem dos órgãos de planejamento educacional daquele país; 1966 e 1970, para participar de vários seminários e conferências sobre planejamento educacional, realizados pelo Instituto Internacional de Planificação da Educação, ligado à UNESCO, em particular: a "Conférence Internationale sur la Planification de l’Éducation", UNESCO, Paris, 1968. A partir de 1970, passou a lecionar no Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UNICAMP. Assumiu em 1972 o cargo de Coordenador do Departamento de Ciências Sociais e Coordenador de Ensino Superior do Curso de Bacharelado de Ciências Sociais, dos quais foi exonerado, a seu pedido, em 1973, para se dedicar prioritariamente à docência e pesquisa. Em 1974 assumiu a coordenação da Pós-Graduação em Ciência Política do IFCH. Entre os anos de 1974 e 1976 atuou como membro da Comissão de Pós-Graduação do IFCH. A partir de 1976 integrou a Comissão de Pós-Graduação em Filosofia e tornou-se professor Titular de Filosofia. Participou de várias bancas examinadoras de teses e concursos na USP, UNICAMP e outras universidades brasileiras. Em 1971 foi nomeado Conselheiro de Cooperação Cultural, Científica e Técnica, junto à Embaixada da França em Montevidéo, cargo ao qual renunciou para atender suas atividades docentes na UNICAMP. Michel Debrun é membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência (CLE), órgão da UNICAMP fundado oficialmente em 1977. Neste mesmo ano coordenou no CLE o Seminário de Epistemologia das Ciências Humanas. Além disso realizou pesquisar no CLE sobre os conceitos de "ocultação ideológica" e "dissociação ideológica"Desde 1986, o professor Michel Debrun passou a coordenar um grupo de pesquisadores da UNICAMP e de outras instituições, os quais estudavam problemas relacionados com as noções de "ordem", "desordem", "crise", "caos", "informações", "autopoiese", "auto-referência" etc. A partir de 1992, o debate dos seminários centralizou-se em torno da auto-organização e informação e das suas inter-relações. Em 1987 coordenou o colóquio "CLE 10 anos – Ordem e Desordem", e em julho do mesmo ano o simpósio: "Modelos de Ordem e Desordem: possibilidades e limitações da sua transposição de uma área de conhecimento para outra", organizado pelo CLE e apresentado na 39a Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Brasília. Em 1990 o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Campinas outorga-lhe o título de Professor Emérito da Unicamp.

Newton Carneiro Affonso da Costa

  • SPCLEARQ NCAC
  • Persona
  • 1929-
Newton Carneiro Affonso da Costa nasceu no Paraná, em 16 de setembro de 1929. Aos quinze anos se interessou por questões de Lógica e pelos Fundamentos da Matemática. Com o apoio de um de seus tios, Milton Carneiro, então professor de História da Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, iniciou-se em filosofia por meio de diálogos de Platão e de vários textos de Aristóteles, ambos em traduções francesas. Encantado com a filosofia debruçou-se sobre as obras de autores como Descartes, Poincaré, Lalande e outros. Mas foi Bertrand Russell que exerceu forte impacto sobre o jovem Newton. Newton da Costa obteve três graduações pela Universidade Federal do Paraná: em 1952, Engenharia Civil pela Escola de Engenharia, no ano de 1955 o Bacharelado em Matemática e em 1956 a Licenciatura em Matemática ambos pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Ainda na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, no ano de 1961, Newton da Costa recebe o título de Doutor em Matemática e se torna Livre Docente de Análise Matemática e Análise Superior. Em 1964, torna-se Professor Catedrático na mesma área de sua livre-docência. O Professor Newton da Costa lecionou 14 anos na Universidade Federal do Paraná. Newton da Costa foi: Professor Titular do Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação da Unicamp de 1968-1969; Professor Titular do Instituto de Matemática e Estatística da USP de 1970-1981; Professor Titular do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP de 1982-1999; Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP desde 1985. Newton da Costa atualmente leciona na Universidade Federal de Santa Catarina. Foi um dos criadores das Lógicas Paraconsistentes, laureando-o com diversos títulos nacionais e internacionais, dentre eles citamos: Membro Honorário do Instituto de Filosofia do Peru, em 1975; Membro Honorário do Instituto de Investigações Filosóficas da Universidade de Lima, em 1980Membro Correspondente da Academia de Ciência do Chile, em 1982; Membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Brasil em 1978; Membro do Centro de Lógica Epistemologia e História da Ciência da Universidade Estadual de Campinas, em 1979; Membro Titular do Instutut International de Philosophie, de Paris, em 1989. O Professor da Costa se tornou o primeiro brasileiro a pertencer a essa Instituição.
A magnitude e a repercussão dos trabalhos de da Costa tornou-o um dos cientistas brasileiros mais citados e homenageados em nível internacional. Sendo citado por exemplo em: World Congress on Paraconsistency, Ghent, Bélgica, 1997; Stanislaw Jaskowski Memorial Symposium, Torun, Polônia, 1998; II World Congress on Paraconsistency, Juquehy, Brasil, 2000, dedicado aos seus 70 anos; Workshop on "Inconsistency in Data and Knowledge", Seattle, EUA, 2001;I International Workshop on Computational Models of Scientific Reasoning and Applications, Las Vegas, EUA, 2001; 1st, 2nd, 3rd and 4th Flemish-Polish Workshops on the Ontological Foundations of Paraconsistency, Bélgica e Polônia,1st and 2nd International Workshops on Living With Inconsistency, EUA / Canadá, 1997 e 2001; Second International Workshop on Computational Models of Scientific Reasoning and Applications (II CMSRA) Las Vegas, Nevada, EUA, 24-27 de junho de 2002; Paraconsistent Computational Logic, PCL 2002, Copenhagen, Dinamarca, Julho de 2002; ESSLLI-2002 14th European Summer School in Logic, Language and Information Workshop on Paraconsistent, 5-16 de agosto, 2002, Trento, Itália. Durante sua carreira Da Costa tem recebido diversos prêmios, dentre eles: Prêmio Moinho Santista em Ciências Exatas, em 1994; Prêmio Jabuti em Ciências Exatas, em 1995;
Medalha da Ordem do Pinheiro do Governo do Estado do Paraná, por mérito científico, em 1996; Medalha do Mérito Científico "Nicolau Copérnico", outorgado pela Universidade de Torun, na Polônia em 1998; Medalha do Mérito Científico da Universidade Federal do Paraná e da Associação dos Ex-Alunos em 1998; Título de Cidadão Emérito do Paraná, conferido pela Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, também por mérito científico, em 1999.
Newton da Costa é membro do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, desde 1979.

Joaquim da Costa Ribeiro

  • JCR
  • Persona
  • 1906-1960
Joaquim da Costa Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro. Filho de Antonio Marques da Costa Ribeiro. Diplomou-se engenheiro civil e engenheiro mecânico-eletricista, em 1928 na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1933, tornou-se livre docente e desde 1946, professor catedrático de física geral e experimental da Faculdade Nacional de Filosofia, na qual foi professor chefe do Departamento de Física. Iniciou sua atividade acadêmica em 1940, com trabalhos originais sobre um novo método para a realização de medidas de radioatividade e a aplicação desse método ao estudo de minerais radioativos brasileiros. Em 1944, que descobriu um novo fenômeno físico de caráter muito geral, consistindo na produção de cargas elétricas associadas a mudanças de estado físico de dielétricos em que uma das fases é sólida, fenômeno esse que denominou de efeito termo-dielétrico, também conhecidocomo efeito Costa Ribeiro. O estudo deste fenômeno gerou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior. A partir de então, fez parte de várias expedições de estudo no Brasil e no exterior, participando de conferências e congressos. Em 1953, foram-lhe conferidos o Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências, pela descoberta do efeito termo-dielétrico e o Prêmio Álvaro Osório de Almeida, do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), pelo conjunto de sua obra científica. Participou e foi membro, como delegado do Brasil, do Comitê Consultivo das Nações Unidas para as Aplicações Pacíficas da Energia Nuclear. E, em 1955 e 56 colaborou na elaboração do projeto do Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica, tendo participado também, como delegado do Brasil, da Conferência Internacional de Nova York que aprovou o texto finaldo referido Estatuto. Foi designado membro da Comissão de Energia Atômica do CNPq da qual foi posteriormente presidente, ainda em 1956. Em 1957, foimembro da Comissão Nacional de Energia Nuclear da Presidência da República. Em outubro de 1957 participou como delegado do Brasil, da I Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena. E, em fevereiro de 1958, por indicação do Diretor Geral, homologada pela respectiva junta Governativa, foi nomeado Diretor da Divisão de Intercâmbio e Treinamento da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena, cargo que desempenhou até novembro de 1959. De regresso ao Brasil em dezembro de 1959, reassumiu suas funções como membro do Conselho Deliberativo do CNPq, suas aulasdo curso normal do Instituto de Educação, como professor catedrático, a chefia do Departamento de Física e a cátedra de Física Experimental da Faculdade Nacional de Filosofia. Como reconhecimento ao seu trabalho, em 10 de outubro de 1973, foi-lhe conferida a Medalha Carneiro Felippe, oferecida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, recebida por seu filho mais velho Sérgio Cristiano Costa Ribeiro, também físico.

Ayda Ignez Arruda

  • AIA
  • Persona
  • 1936-06-27 1983-10-13
Ayda Ignez Arruda nasceu em Lajes, Santa Catarina, no dia 27 de junho de 1936, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante. Bacharelou-se em matemática em 1958 e concluiu a sua licenciatura em 1959, ambas na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.
Iniciou a sua carreira acadêmica como professora contratada para a cadeira de Análise Matemática e Superior da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, em 1960.
Em 1966, na Universidade Federal do Paraná, obteve o título de doutora e livre-docente com a tese Considerações sobre os Sistemas Formais NFn, produzida sob a orientação do professor Newton C.A. da Costa.
Em 1968 foi contratada como professora titular na área de Lógica e Fundamentos da Matemática no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação da Unicamp, dando início ao Grupo de Lógica de Campinas, com os seguintes professores: Newton C.A. da Costa, Andréa Loparic, Antonio M. Sette, Elias H. Alves, Itala M. L. D'Ottaviano, Luiz Paulo de Alcântara, Luis Henrique L. dos Santos, Oswaldo Porchat Pereira e Roberto Cignoli.
Durante a visita de Alfred Tarski, renomado matemático polonês, feita à Unicamp, em 1975, a professora Ayda I. Arruda, organizou o Simpósio de Lógica Matemática, de 3 a 5 de março, no IMECC. Este evento abriu as portas do IMECC para que, em 1976, ocorresse o III Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, também organizado por Ayda.
Foi chefe do Departamento de Matemática do IMECC, de julho de 1979 a abril de 1980, e assumiu a direção do instituto em 16 de abril de 1980 permanecendo no cargo até seu prematuro falecimento em 13 de outubro de 1983, com 47 anos.
Por quase vinte anos estudou e criou sistemas não-clássicos de lógicas paraconsistentes, publicando vários trabalhos científicos. Foi a primeira colaboradora do professor Newton C.A. da Costa, com quem trabalhou durante muitos anos e publicou diversos artigos em periódicos internacionais.
Durante a sua vida, teve contatos importantes com lógicos e matemáticos brasileiros e do exterior. Dentre eles destacamos os professores: Mário Tourasse Teixeira da Faculdade de Filosofia de Rio Claro, São Paulo; Marcel Guillaume, da Université de Clermont-Ferrand da França; Antonio Monteiro, da Universidade de Bahía Blanca, Argentina; e, Andrés Raggio, da Universidade de Córdoba, Argentina.
Foi professora visitante e conferencista em diversas universidades nacionais e estrangeiras, dentre as quais citamos: Université Claude-Bernard, na França; Uniwersytet Mikolaja Kopernika, em Torún, Polônia; Pontificia Universidad Católica de Chile; Universiteit Gent, na Bélgica; etc.
Orientou vários alunos de mestrado; foi membro de bancas organizadoras; participou de várias bancas julgadoras de doutorado, incluindo as dos professores Antonio Mário Antunes Sette, Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano e Elias Humberto Alves; foi membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp e da Sociedade Brasileira de Lógica, da qual foi vice-presidente e presidente.
Nos últimos anos de sua vida, interessou-se e analisou exaustivamente os artigos publicados por Vasil'év, em particular por suas relações com a lógica paraconsistente. Ayda I. Arruda foi a primeira pesquisadora a formalizar as idéias de Vasil'év, obtendo, como resultado as lógicas paraconsistentes.
Como homenagem póstuma à professora Ayda, a Unicamp, em 1985, organizou o VII Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, dedicado à sua memória. E, em 1990, foi publicado o livro N.A. Vasiliev e a Lógica Paraconsistente (vol. 7 - Coleção CLE), organizado pela professora Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano.

Ernesto Giesbrecht

  • Persona
Entrevistado no projeto "História da ciência no Brasil", coordenado por Simon Schwartzman, com apoio da FINEP e CPDOC/ FGV

Newton Bernardes

  • NB
  • Persona
  • 1931 -1997
Newton Bernardes nasceu em São Paulo. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, bacharelou e licenciou-se em física nos anos de 1949-1952. Entre 1952 e 1955 fez vários cursos de especialização na USP sobre: Física Aplicada, Mecânica Quântica, Termodinâmica e Estudos sobre a Teoria do Estado Sólido, este sob a orientação do Professor David Bohm. Em 1955 foi para os Estados Unidos, ali permanecendo durante os anos de 1955 a 1957, onde fez o Curso de Especialização em Física no United States Office of Education do Department of Health, Education and Welfare, em Washington, USA. Ainda nos Estados Unidos na University of Illinois obteve o Master of Science, em 1955-1957 e o título de Doutor em 1959, pela Washington University, Saint Louis. Newton Bernardes foi professor de física do Colégio Estadual de Sorocaba e do Colégio Pan-Americano de São Paulo, foi também instrutor e professor no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Professor Newton Bernardes chefiou o Grupo de Física dos Sólidos no Institute for Atomic Research of United States Atomic Energy Comission, de 1960 a 1962, trabalhando com os privilégios e exigências do Security Clearance do Governo Americano. Quando retornou ao Brasil, foi convidado pelo professor Mário Schenberg, professor e físico da USP, para continuar a implantação e desenvolvimento do Departamento de Física do Estado Sólido desta Universidade. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1962 foi contratado como professor pelo Departamento de Física, de 1963-1967 foi professor catedrático interino de Mecânica Quântica e Mecânica Estatística e a partir de 1969 tornou-se professor catedrático por concurso na Cadeira de Física da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da USP. Durante sua permanência na USP foi ainda professor titular do Instituto de Química e Diretor do Instituto de Física e em 1993 aposentou-se nessa Universidade. A convitedo professor José Ellis RipperFilho foi contratado em 1976 para exercer a função de professor colaborador junto ao Instituto de Física GlebWataghin. Nesse Instituto foi eleito pelos seus pares e exerceu a função de chefe de Departamento de Eletrônica Quântica. Permaneceu na Unicamp como professor até 1982. Período esse que se afastou das suas funções na USP. O nome do professor Newton Bernardes aparece numa relação dos físicos brasileiros mais citados no exterior, publicada pela Folha de S. Paulo em 11 de setembro de 1999. Ele também foi classificado no dicionário American Men of Science, USA, Tenth Edition, A-E, 1960, p.294 e no Directory of Academic Phisicists, p.17, American Institute of Physics, USA, 1959-1960. Em agosto de 1993, foi admitido como Professor Colaborador da Universidade Estadual de Campinas, atuando no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, onde desenvolveu pesquisas sobre fundamentos da Física, da Ciência e do saber racional.

Itala Maria Loffredo D’Ottaviano

  • Persona
  • 1944-
Ítala Maria Loffredo D’Ottaviano nasceu em São Paulo. Fez graduação e aperfeiçoamento em Música pelo Conservatório Musical Carlos Gomes em Campinas. Graduação e licenciatura em Matemática pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, em 1966. O mestrado em Matemática com a Dissertação: Fechos Caracterizados por Interpretações foi orientado pelo professor Mario Tourasse Teixeira, junto ao Departamento de Matemática, da Universidade Estadual de Campinas, em 1974. E seu doutorado, também na Unicamp, em 1982, no mesmo Departamento de Matemática: Sobre uma Teoria de Modelos Trivalente, com orientação do professor Newton Carneiro Affonso da Costa. Foi membro fundadora do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência e Diretora deste Centro de 1986 a 1992. Atualmente é professora titular de Lógica do Departamento de Filosofia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), Unicamp e Diretora do CLE desde 2004. Fez pós-doutoramento na University of Califórnia - Berkeley, Stanford University nos Estados Unidos, 1984-1985 e University of Oxford, Inglaterra, 1988. Na sua trajetória profissional ocupou outros cargos tais como: Presidente da Sociedade Brasileira de Lógica, do Committee on Logic in Latin America – Association for Symbolic Logic e da Comissão de Atividades Interdisciplinares (CAI) do Conselho Universitário da Unicamp; Coordenadora da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (COCEN) da Unicamp; Secretária de Educação do Município de Campinas; Criadora e Editora da Coleção CLE, coleção de livros publicados pelo Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, nas áreas de lógica, epistemologia e história da ciência; Editora do Boletim da Sociedade Brasileira de Lógica; Assessora "ad-hoc" da FAPESP, CNPq, CAPES, FAEP/Unicamp, FAP/DF, FONDICYT/Chile e IVIC/Venezuela, Argentina; Membro do Grupo de Lógica Teórica e Aplicada (GLTA) do CLE/IFCH – Unicamp; Líder dos Grupos de Pesquisa "Auto-Organização" e "Lógica e Epistemologia" do CLE e IFCH/Unicamp, cadastrados no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – CNPq, Plataforma Lattes; "Reviewer" ad Zentralbatt für Mathematik, Mathematical Reviews e Journal of Symbolic Logic. Atua como refererencia de importantes revistas científicas nacionais e do exterior (Ciência e Cultura, Manuscrito, Boletim da Sociedade Paranaense de Matemática, The Journal of Applied Non-Classical Logics e Studia Lógica). É membro do corpo editorial das seguintes publicações: Coleção CLE; The Journal of Applied Non-Classical Logics e Ludus Vitalis - Journal of Philosophy of Life Sciences; Revista Vivência Episteme. Possui inúmeras publicações, dentre as mais relevantes destacam-se: On NCGw: a paraconsistent sequent calculus. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics. Ed. Marcel Dekker, New York, USA, v.228, p.227-240, 2002; Em colaboração com José Eduardo Moura; Conservative Translations. Annals of Pure and Applied Logic, Ed: North Holland, Amsterdam, Holland, v.108, p.205-227, and 2001; Em colaboração com H. A. Feitosa; Natural deduction for paraconsistent logic, Logica Trianguli, v.4, p.3-24, 2000; Em colaboração com Milton A. de Castro; Algebraic Foundations of Many-Valued Reasoning. Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, Trends in Logic, v.2, 223p, 2000; Em colaboração com Roberto L.O. Cignoli e Daniele Mundici; Paraconsistent Logics and Translations. Synthese – an International Journal for Epistemology, Methodology and Philosophy of Science, Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, v.125, n.12, p.77-95, and 2000; Em colaboração com Hércules A. Feitosa; Translations between Logics. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics, Models, Algebras and Proofs, v.203, p.435-448, 1999; Em colaboração com Jairo J. Silva e Antonio M. Sette. Many-Valued Logics and Translations. The Journal of Applied Non-Classical Logics, Ed: Editions Hermes, Paris,  France, v.9, n.1, p.121-140, and 1999; Em colaboração com Hércules A. Feitosa; Definability and Quantifier Elimination for J3-Theories. Studia Logica, Ed: Kluwer Acad. Publ., Dorderecht, Holanda, v.46, n.1, p.37-54, 1987; The Model Extension Theorems for J3-Theories. Lecture Notes in Mathematics, Methods in Mathematical Logic, Ed: Springer & Verlag, Berlin, Alemanha, v.1130, p.157-173, 1985; The Conditional and Paraconsistent Logics. Lecture Notes in Pure and Applied Mathematics, v.94, Mathematical Logic and Formal Systems, New York: Marcel Dekker, p.141-160, 1985. Em colaboração com E.G.K. López-Escobar.
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