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Person

Antonio Quelce Salgado

  • Person
  • (1932-)
Salgado foi um professor e geneticista brasileiro. Em meados da década de 1950, ele iniciou sua carreira acadêmica como estagiário no Laboratório de Genética Humana (LGH) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), sob supervisão de Newton Freire-Maia. Trabalhou até o início da década de 1960 no LGH, realizando trabalho de campo coletando dados para a pesquisa sobre consanguinidade na população brasileira. Em 1962 foi contratado como professor na Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), em Marília, que futuramente veio a compor a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho".
Em meados de 1960, em Marília Quelce sofreu com perseguições políticas assim como o, também professor, Ubaldo Puppi. Ambos foram denunciados por darem cursos sobre a conjuntura político-econômica do Brasil; por defenderem a reforma agrária e por participarem de um programa de alfabetização (Método Paulo Freire). Os dois professores acabaram presos. A repressão se estendeu ao longo daquela década. Já em 1983, no campus situado na cidade de Assis, Salgado era um dos candidatos a novo diretor sendo escolhido através de consulta à comunidade e vencendo por ampla maioria nos três segmentos. Entretanto, contrariando o resultado da consulta, o reitor Armando Octávio Ramos não o nomeou. A reação da comunidade foi uma greve, que durou 64 dias. Entre 1984-1986, ele ocupou o cargo de presidente da Associação dos Docentes da Unesp (Adunesp). Anos depois, foi residente do Conselho Estadual do Idoso (SP, c. 2003).

Ernesto Luiz de Oliveira Junior

  • Person
Presidiu a Comissão Supervisora do Plano dos Institutos (COSUPI), desde sua criação em 28 de novembro de 1960. Com o intuito de cumprir com os objetivos da COSUPI, o professor Ernesto Luiz de Oliveira Júnior percorreu o país buscando conhecer as escolas técnicas e universidades brasileiras, apontando seus problemas e submetendo ao ministro de Estado os planos de aplicação de recursos e os progressos que já se realizavam dentro dos planos do Ministério da Educação e Cultura.

Bernardo Beiguelman

  • Person
  • (1932-2010)
Bernardo Beiguelman, brasileiro, natural de Santos, SP (nascimento: 15 maio 1932) foi Professor Emérito da UNICAMP, universidade na qual criou, em 1963, o Departamento de Genética Médica e da qual foi o primeiro Pró-Reitor de Pós-Graduação. Doutor pela USP foi, também, Livre Docente de Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP, Professor Titular aposentado de Genética Médica da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Professor Visitante do Programa de Pós-Graduação em Biologia da relação patógeno-hospedeiro do Instituto de Ciências Biomédicas da USP e Membro do Conselho do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein. Ministrou Disciplinas em cursos de Pós-Graduação de várias universidades (UNICAMP, USP, UFPR, PUCCAMP, UFRGS, e UFPE) e foi docente e organizador da Disciplina de Genética Humana e Médica de várias universidades (UNICAMP, PUCCAMP, Fundação Universitária do ABC, entre outras). Durante vinte anos (1972-1992) foi Conselheiro (Adviser) da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo prestado consultorias a essa instituição em Genebra, Suíça, e membro do corpo de revisores da nomenclatura internacional de doenças do CIOMS (Council for International Organization of Medical Sciences). Foi Pesquisador 1-A do CNPq e pertenceu Comitê Assessor de Genética e à Comissão Assessora do Programa Integrado de Genética, Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências e da Academia de Ciências do Estado de São Paulo. Recebeu Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico e a homenagem do 51º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Genética. Recebeu medalha do CNPq, homenagens e placas de prata da UNICAMP e placa de bronze no HC dessa universidade, e homenagens de revistas científicas ou de classe. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Genética (1970-1972) e da Associação Latinoamericana de Genética (1970-1972), da qual foi, também, Vice-Presidente em duas gestões (1985-1987; 1987-1989), Conselheiro dessas sociedades e várias vezes Conselheiro eleito da SBPC. É Membro Titular-Fundador de várias instituições (College of Hansenology of the Endemic Countries, International Association of Human Biologists, da qual foi durante vários anos Conselheiro representante da América do Sul e Caribe, Associação Latinoamericana de Genética e Sociedade Brasileira de História da Ciência) e Membro Titular ou Correspondente de outras. Pertenceu ao Conselho Científico de várias revistas com corpo editorial e participou de júris científicos para a outorga de prêmios. Deu assessoria científica gratuita a várias instituições de fomento à pesquisa. Tem 451 publicações entre livros, teses, capítulos de livros (25), publicações em revistas com seleção editorial (171) e comunicações científicas em congressos (192 nacionais e 63 internacionais). Deu orientação científica direta a cerca de 70 pesquisadores, muitos dos quais já atingiram os níveis mais altos da carreira acadêmica. Participou de 144 congressos (nacionais e internacionais), tendo sido o organizador de alguns internacionais. Proferiu 269 conferências em numerosas instituições de pesquisa e ensino, e participou de 264 bancas examinadoras em concursos acadêmicos (mestrado, doutorado, livre-docência, professor adjunto e professor titular) e júris científicos. Dentre as suas linhas de pesquisa merecem destaque seus trabalhos pioneiros sobre a resistência e suscetibilidade hereditária à hanseníase (lepra), suas pesquisas sobre genética antropológica, a série de trabalhos sobre a epidemiologia de gêmeos, que trouxe informações importantes sobre a biologia da reprodução humana e, mais recentemente, os trabalhos sobre epidemiologia genética de doenças transmissíveis comuns na Amazônia.

Ayda Ignez Arruda

  • AIA
  • Person
  • 1936-06-27 1983-10-13
Ayda Ignez Arruda nasceu em Lajes, Santa Catarina, no dia 27 de junho de 1936, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante. Bacharelou-se em matemática em 1958 e concluiu a sua licenciatura em 1959, ambas na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.
Iniciou a sua carreira acadêmica como professora contratada para a cadeira de Análise Matemática e Superior da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, em 1960.
Em 1966, na Universidade Federal do Paraná, obteve o título de doutora e livre-docente com a tese Considerações sobre os Sistemas Formais NFn, produzida sob a orientação do professor Newton C.A. da Costa.
Em 1968 foi contratada como professora titular na área de Lógica e Fundamentos da Matemática no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação da Unicamp, dando início ao Grupo de Lógica de Campinas, com os seguintes professores: Newton C.A. da Costa, Andréa Loparic, Antonio M. Sette, Elias H. Alves, Itala M. L. D'Ottaviano, Luiz Paulo de Alcântara, Luis Henrique L. dos Santos, Oswaldo Porchat Pereira e Roberto Cignoli.
Durante a visita de Alfred Tarski, renomado matemático polonês, feita à Unicamp, em 1975, a professora Ayda I. Arruda, organizou o Simpósio de Lógica Matemática, de 3 a 5 de março, no IMECC. Este evento abriu as portas do IMECC para que, em 1976, ocorresse o III Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, também organizado por Ayda.
Foi chefe do Departamento de Matemática do IMECC, de julho de 1979 a abril de 1980, e assumiu a direção do instituto em 16 de abril de 1980 permanecendo no cargo até seu prematuro falecimento em 13 de outubro de 1983, com 47 anos.
Por quase vinte anos estudou e criou sistemas não-clássicos de lógicas paraconsistentes, publicando vários trabalhos científicos. Foi a primeira colaboradora do professor Newton C.A. da Costa, com quem trabalhou durante muitos anos e publicou diversos artigos em periódicos internacionais.
Durante a sua vida, teve contatos importantes com lógicos e matemáticos brasileiros e do exterior. Dentre eles destacamos os professores: Mário Tourasse Teixeira da Faculdade de Filosofia de Rio Claro, São Paulo; Marcel Guillaume, da Université de Clermont-Ferrand da França; Antonio Monteiro, da Universidade de Bahía Blanca, Argentina; e, Andrés Raggio, da Universidade de Córdoba, Argentina.
Foi professora visitante e conferencista em diversas universidades nacionais e estrangeiras, dentre as quais citamos: Université Claude-Bernard, na França; Uniwersytet Mikolaja Kopernika, em Torún, Polônia; Pontificia Universidad Católica de Chile; Universiteit Gent, na Bélgica; etc.
Orientou vários alunos de mestrado; foi membro de bancas organizadoras; participou de várias bancas julgadoras de doutorado, incluindo as dos professores Antonio Mário Antunes Sette, Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano e Elias Humberto Alves; foi membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp e da Sociedade Brasileira de Lógica, da qual foi vice-presidente e presidente.
Nos últimos anos de sua vida, interessou-se e analisou exaustivamente os artigos publicados por Vasil'év, em particular por suas relações com a lógica paraconsistente. Ayda I. Arruda foi a primeira pesquisadora a formalizar as idéias de Vasil'év, obtendo, como resultado as lógicas paraconsistentes.
Como homenagem póstuma à professora Ayda, a Unicamp, em 1985, organizou o VII Simpósio Latino-Americano de Lógica Matemática, dedicado à sua memória. E, em 1990, foi publicado o livro N.A. Vasiliev e a Lógica Paraconsistente (vol. 7 - Coleção CLE), organizado pela professora Ítala Maria Loffredo D'Ottaviano.

Joaquim da Costa Ribeiro

  • JCR
  • Person
  • 1906-1960
Joaquim da Costa Ribeiro nasceu no Rio de Janeiro. Filho de Antonio Marques da Costa Ribeiro. Diplomou-se engenheiro civil e engenheiro mecânico-eletricista, em 1928 na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, antiga Escola Politécnica do Rio de Janeiro. Em 1933, tornou-se livre docente e desde 1946, professor catedrático de física geral e experimental da Faculdade Nacional de Filosofia, na qual foi professor chefe do Departamento de Física. Iniciou sua atividade acadêmica em 1940, com trabalhos originais sobre um novo método para a realização de medidas de radioatividade e a aplicação desse método ao estudo de minerais radioativos brasileiros. Em 1944, que descobriu um novo fenômeno físico de caráter muito geral, consistindo na produção de cargas elétricas associadas a mudanças de estado físico de dielétricos em que uma das fases é sólida, fenômeno esse que denominou de efeito termo-dielétrico, também conhecidocomo efeito Costa Ribeiro. O estudo deste fenômeno gerou grande interesse nos meios científicos do país e do exterior. A partir de então, fez parte de várias expedições de estudo no Brasil e no exterior, participando de conferências e congressos. Em 1953, foram-lhe conferidos o Prêmio Einstein, da Academia Brasileira de Ciências, pela descoberta do efeito termo-dielétrico e o Prêmio Álvaro Osório de Almeida, do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), pelo conjunto de sua obra científica. Participou e foi membro, como delegado do Brasil, do Comitê Consultivo das Nações Unidas para as Aplicações Pacíficas da Energia Nuclear. E, em 1955 e 56 colaborou na elaboração do projeto do Estatuto da Agência Internacional de Energia Atômica, tendo participado também, como delegado do Brasil, da Conferência Internacional de Nova York que aprovou o texto finaldo referido Estatuto. Foi designado membro da Comissão de Energia Atômica do CNPq da qual foi posteriormente presidente, ainda em 1956. Em 1957, foimembro da Comissão Nacional de Energia Nuclear da Presidência da República. Em outubro de 1957 participou como delegado do Brasil, da I Conferência Geral da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena. E, em fevereiro de 1958, por indicação do Diretor Geral, homologada pela respectiva junta Governativa, foi nomeado Diretor da Divisão de Intercâmbio e Treinamento da Agência Internacional de Energia Atômica em Viena, cargo que desempenhou até novembro de 1959. De regresso ao Brasil em dezembro de 1959, reassumiu suas funções como membro do Conselho Deliberativo do CNPq, suas aulasdo curso normal do Instituto de Educação, como professor catedrático, a chefia do Departamento de Física e a cátedra de Física Experimental da Faculdade Nacional de Filosofia. Como reconhecimento ao seu trabalho, em 10 de outubro de 1973, foi-lhe conferida a Medalha Carneiro Felippe, oferecida pela Comissão Nacional de Energia Nuclear, recebida por seu filho mais velho Sérgio Cristiano Costa Ribeiro, também físico.

Hugo Régis dos Reis

  • HRR
  • Person
  • 1914 -1990
Hugo Régis dos Reis nasceu em Santa Catarina. Formou-se engenheiro civil e eletricista pela Escola Politécnica da Universidade Técnica Federal no Rio de Janeiro, em 1936. Começou suas atividades profissionais ainda como estudante em 1935, como estagiário na Estrada de Ferro Central do Brasil e depois como engenheiro. Em 1937, fundou com Octávio Catanhedee Cássio Veiga de Sá o primeiro escritório especializado em topografia, trabalhando em vários projetos importantes como: da Usina Siderúrgica de Volta Redonda e o da Central Elétrica de Macabue executou levantamentos cadastrais de Nova Friburgo, Florianópolis, São Gonçalo, Barra Mansa e Araruama. Paralelamente dedicou-se às atividades didáticas e em 1950 prestou concurso para professor catedrático de Topografia na Escola Nacional de Minas e Metalurgia de Ouro Preto. Em 1953, submeteu-se ao concurso de livre-docência na Escola Nacional de Engenharia. Permaneceu em exercício na Escola de Minas até 1958, quando, por concurso, conquistou a Cátedra de Astronomia e Geodésia, da Escola Nacional de Engenharia, no Rio de Janeiro. De junho de 1962 a junho de 1963, ocupou a Superintendência do Centro de Ensino e de Pesquisas de Petróleo da PETROBRÁS, quando foi nomeado diretor da mesma, permanecendo até janeiro de 1964. Politicamente, colaborou em periódicos como “Jornal dos Debates” e “Emancipação”,entre 1947 e 1952. A par da intensa atividade profissional, colaborou desde a fundação em 1948com o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e da Economia Nacional, semente da campanha “O Petróleo é nosso”. Em 1967, a “Campanha Nacional de Defesa e pelo Desenvolvimento da Amazônia” (CNDDA) então criada, teve sua inteira adesão e dedicação tendo sido inclusive, presidente do Departamento de Estudos da CNDDA

Antônio Geraldo Lagden Cavalcanti

  • Person
  • [1916-1990]
Cavalcanti foi médico, educador, cientista e fundador do Centro de Pesquisas Genéticas (CPGEn). Em 1933, ele entrou para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, graduando-se cinco anos depois. Apesar de ter se graduado em medicina, ao que tudo indica, ele não exerceu esta profissão. Os interesses de Cavalcanti estiveram mais ligados à história natural e ao ensino desta disciplina. Em 1941 foi contratado como professor de História Natural no antigo Colégio Universitário. Já em 1943, Cavalcanti foi nomeado catedrático interino de Biologia Geral na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil. No mesmo ano, um grupo liderado por André Dreyfus e Theodosius Dobzhansky, este último um influente e consagrado biólogo russo naturalizado americano, começou a fazer pesquisas em genética evolutiva no Brasil, na USP. E Cavalcanti foi chamado para compor este grupo em 1948 por Dobzhansky e Dreyfus a fazer pesquisas com a variabilidade genética de duas espécies de drosófilas, juntamente com Crodowaldo Pavan, Chana Malogolowkin e o próprio Dobzhansky. No entanto, Cavalcanti já trabalhava com genética de populações de drosófilas no Rio de Janeiro desde 1944. Através do contato com a escola de genética moderna “Dreyfus-Dobzhansky”, Cavalcanti teve a oportunidade de trabalhar no laboratório chefiado por Dobzhansky na Universidade de Columbia (NY, EUA), financiado pela Fundação Rockefeller. Em 1949, Cavalcanti levou ao Rio os destacados Dreyfus e Dobzhansky para dar duas conferências na FNFi: “Teorias modernas da evolução” por Dreyfus e “Genética e problemas humanos” por Dobzhansky. Em 1950, Cavalcanti participou de um concurso para catedrático efetivo do departamento de biologia geral da FNFi e é aprovado; pouco depois também consegue trabalhar em tempo integral na FNFi. Em 1950, Cavalcanti funda o CPGen dentro da FNFi, contando já com os seguintes membros: A.G.L Cavalcanti, Oswaldo Frota-Pessoa e Chana Malogolowkin. Em agosto de 1952 Cavalcanti vai para os EUA novamente, para trabalhar no laboratório de Dobzhansky em Nova Iorque, desta vez patrocinado pelo CNPq. Em 1953, Cavalcanti vai para a Itália representando o CPGen e a FNFi no IX Congresso Internacional de Genética, em Bellagio. Em 1964 Cavalcanti volta aos EUA, desta vez para trabalhar como pesquisador associado de James Neel, na sua clínica de hereditariedade em Michigan. Depois ele foi para a Universidade de Cornell, onde ficou trabalhando com citogenética humana no setor de pediatria do hospital universitário. Após a Reforma Universitária implementada em 1968, Cavalcanti é nomeado diretor pro tempore do nascente Instituto de Biologia da UFRJ. Ademais, ele foi professor convidado nos cursos de pós-graduação do American College of Physicians e da Universidade do Texas; Pesquisador Associado na Universidade Cornell e assessor da Divisão Psicossocial do Colégio Interamericano de Defesa (CID), em Washington D.C.; e participou como um dos representantes brasileiros nos congressos internacionais de genética realizados em Estocolmo, Ottawa e Tóquio.
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