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Registro de autoridade
Ney Braga
Newton Freire-Maia
NFM · Pessoa · 1918-2003
Newton Freire-Maia foi geneticista, pesquisador e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Nasceu na cidade de Boa Esperança (MG), em 29 de Junho de 1918, filho de Belini Augusto Maia e de Maria Castorina Freire Maia. Em 1945, graduou-se em Odontologia pela Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas (EFOA). Em 1947, graduou-se pela segunda vez, em Biologia na Universidade de São Paulo (USP), onde trabalhou com André Dreyfus, Crodowaldo Pavan, Rosina de Barros e Antonio Brito da Cunha. Casou-se com Flávia Leite Neves, em 1948. Entre 1946 e 1951 lecionou na USP, onde dedicou-se principalmente ao estudo da genética em moscas Drosophila melanogaster. A partir de 1951, a convite de Homero Braga, passou a atuar na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde foi professor titular até 1979. No mesmo ano do ingresso, criou o Laboratório de Genética, embrião do Departamento de Genética, instituído em 1971. Entre 1956 e 1957 fez aperfeiçoamento no Departamento de Genética Humana da Escola de Medicina da Universidade de Michigan (Ann Arbor, Estados Unidos), com bolsa da Fundação Rockefeller. Este estágio marcou a mudança dos objetos de estudo de Freire-Maia e sua equipe, deixando de lado as Drosophilas e dedicando-se a partir de então à Genética Humana. O então Laboratório de Genética da UFPR transformou-se em Laboratório de Genética Humana (LGH), em 1958, e a equipe do Professor Newton, pioneira na área de Genética Humana e Médica no Brasil, passou a pesquisar sobre: os efeitos genéticos de casamentos consanguíneos na morbidade e/ou mortalidade precoces; os efeitos genéticos das radiações ionizantes; malformações dos membros e displasias ectodérmicas. Nesta época, Newton Freire-Maia foi pioneiro também na implantação do “Serviço de Informação sobre Hereditariedade Humana” na UFPR, que oferecia aconselhamento genético de forma gratuita à população. Em 1960 concluiu o doutorado em Biofísica pela Universidade do Brasil (atual UFRJ), com a tese “Alguns aspectos do problema dos casamentos consanguíneos no Brasil”, sob a orientação do professor Antônio Geraldo Lagden Cavalcanti. Em 1970 foi para Genebra (Suíça), onde trabalhou durante um ano como cientista da Unidade de Genética Humana da Organização Mundial de Saúde (OMS). Casou-se pela segunda vez em 1974 com a professora e cientista Eleidi Alice Chautard com quem viveu até a sua morte. Newton Freire-Maia foi sócio fundador da Sociedade Brasileira de Genética (SBG), em 1955, sendo seu presidente na gestão 1960-1962. Foi representante do Brasil na OSM e membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC). Foi do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sendo, em 1975, eleito vice-presidente, tendo também recebido o título de presidente de honra desta sociedade. Depois da aposentadoria, Newton continuou suas atividades científicas, tanto no Brasil como no exterior. Em 1982, fundou com a Dra. Marta Pinheiro Centro de Estudos de Displasias Ectodérmicas (CEDE) do Departamento de Genética da UFPR, tendo descrito 23 displasias ectodérmicas novas, publicando inúmeros artigos científicos e quatro livros, o que levou o centro a tornar-se referência internacional sobre o assunto. Escreveu, ao longo de sua vida, cerca de 500 trabalhos científicos, entre artigos, livros, capítulos e resumos. Após sua conversão ao catolicismo, no início da década de 1980, dedicou-se também ao estudo das relações entre ciência e religião. Sua dedicação à Ciência lhe valeu inúmeros prêmios, títulos e homenagens, tanto nacionais quanto internacionais. Em 2002 foi admitido como Comendador na Ordem Nacional do Mérito Científico. No mesmo ano, o governador do Paraná criou um parque temático dedicado a ele, o Parque da Ciência Newton Freire Maia em Curitiba. Teve papel importante na formação de Henrique Krieger (USP), Ademar Freire Maia (UNESP), Bento Arce-Gomez, Lodércio Culpi Eleidi Chautard Freire Maia e Marta Pinheiro (UFPR), expoentes da Área de Genética Humana e Médica no Brasil. Teve quatro filhos, todos do primeiro casamento: Regina Flávia Naves Freire Maia, Fátima Naves Freire Maia, Newton Freire Maia Filho e Marco Domiciano Naves Freire Maia. O Professor Doutor Newton Freire-Maia faleceu no dia 10 de maio de 2003, em Curitiba, aos 84 anos de idade.
Newton Carneiro Affonso da Costa
SPCLEARQ NCAC · Pessoa · 1929-2024
Newton Carneiro Affonso da Costa nasceu no Paraná, em 16 de setembro de 1929. Aos quinze anos se interessou por questões de Lógica e pelos Fundamentos da Matemática. Com o apoio de um de seus tios, Milton Carneiro, então professor de História da Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, iniciou-se em filosofia por meio de diálogos de Platão e de vários textos de Aristóteles, ambos em traduções francesas. Encantado com a filosofia debruçou-se sobre as obras de autores como Descartes, Poincaré, Lalande e outros. Mas foi Bertrand Russell que exerceu forte impacto sobre o jovem Newton. Newton da Costa obteve três graduações pela Universidade Federal do Paraná: em 1952, Engenharia Civil pela Escola de Engenharia, no ano de 1955 o Bacharelado em Matemática e em 1956 a Licenciatura em Matemática ambos pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. Ainda na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade Federal do Paraná, no ano de 1961, Newton da Costa recebe o título de Doutor em Matemática e se torna Livre Docente de Análise Matemática e Análise Superior. Em 1964, torna-se Professor Catedrático na mesma área de sua livre-docência. O Professor Newton da Costa lecionou 14 anos na Universidade Federal do Paraná. Newton da Costa foi: Professor Titular do Instituto de Matemática, Estatística e Ciências da Computação da Unicamp de 1968-1969; Professor Titular do Instituto de Matemática e Estatística da USP de 1970-1981; Professor Titular do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP de 1982-1999; Pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP desde 1985. Newton da Costa atualmente leciona na Universidade Federal de Santa Catarina. Foi um dos criadores das Lógicas Paraconsistentes, laureando-o com diversos títulos nacionais e internacionais, dentre eles citamos: Membro Honorário do Instituto de Filosofia do Peru, em 1975; Membro Honorário do Instituto de Investigações Filosóficas da Universidade de Lima, em 1980Membro Correspondente da Academia de Ciência do Chile, em 1982; Membro da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, Brasil em 1978; Membro do Centro de Lógica Epistemologia e História da Ciência da Universidade Estadual de Campinas, em 1979; Membro Titular do Instutut International de Philosophie, de Paris, em 1989. O Professor da Costa se tornou o primeiro brasileiro a pertencer a essa Instituição.
A magnitude e a repercussão dos trabalhos de da Costa tornou-o um dos cientistas brasileiros mais citados e homenageados em nível internacional. Sendo citado por exemplo em: World Congress on Paraconsistency, Ghent, Bélgica, 1997; Stanislaw Jaskowski Memorial Symposium, Torun, Polônia, 1998; II World Congress on Paraconsistency, Juquehy, Brasil, 2000, dedicado aos seus 70 anos; Workshop on "Inconsistency in Data and Knowledge", Seattle, EUA, 2001;I International Workshop on Computational Models of Scientific Reasoning and Applications, Las Vegas, EUA, 2001; 1st, 2nd, 3rd and 4th Flemish-Polish Workshops on the Ontological Foundations of Paraconsistency, Bélgica e Polônia,1st and 2nd International Workshops on Living With Inconsistency, EUA / Canadá, 1997 e 2001; Second International Workshop on Computational Models of Scientific Reasoning and Applications (II CMSRA) Las Vegas, Nevada, EUA, 24-27 de junho de 2002; Paraconsistent Computational Logic, PCL 2002, Copenhagen, Dinamarca, Julho de 2002; ESSLLI-2002 14th European Summer School in Logic, Language and Information Workshop on Paraconsistent, 5-16 de agosto, 2002, Trento, Itália. Durante sua carreira Da Costa tem recebido diversos prêmios, dentre eles: Prêmio Moinho Santista em Ciências Exatas, em 1994; Prêmio Jabuti em Ciências Exatas, em 1995;
Medalha da Ordem do Pinheiro do Governo do Estado do Paraná, por mérito científico, em 1996; Medalha do Mérito Científico "Nicolau Copérnico", outorgado pela Universidade de Torun, na Polônia em 1998; Medalha do Mérito Científico da Universidade Federal do Paraná e da Associação dos Ex-Alunos em 1998; Título de Cidadão Emérito do Paraná, conferido pela Assembléia Legislativa do Estado do Paraná, também por mérito científico, em 1999.
Newton da Costa é membro do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp, desde 1979.
Newton Bernardes
NB · Pessoa · 1931 -1997
Newton Bernardes nasceu em São Paulo. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, bacharelou e licenciou-se em física nos anos de 1949-1952. Entre 1952 e 1955 fez vários cursos de especialização na USP sobre: Física Aplicada, Mecânica Quântica, Termodinâmica e Estudos sobre a Teoria do Estado Sólido, este sob a orientação do Professor David Bohm. Em 1955 foi para os Estados Unidos, ali permanecendo durante os anos de 1955 a 1957, onde fez o Curso de Especialização em Física no United States Office of Education do Department of Health, Education and Welfare, em Washington, USA. Ainda nos Estados Unidos na University of Illinois obteve o Master of Science, em 1955-1957 e o título de Doutor em 1959, pela Washington University, Saint Louis. Newton Bernardes foi professor de física do Colégio Estadual de Sorocaba e do Colégio Pan-Americano de São Paulo, foi também instrutor e professor no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em São José dos Campos, da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O Professor Newton Bernardes chefiou o Grupo de Física dos Sólidos no Institute for Atomic Research of United States Atomic Energy Comission, de 1960 a 1962, trabalhando com os privilégios e exigências do Security Clearance do Governo Americano. Quando retornou ao Brasil, foi convidado pelo professor Mário Schenberg, professor e físico da USP, para continuar a implantação e desenvolvimento do Departamento de Física do Estado Sólido desta Universidade. Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, em 1962 foi contratado como professor pelo Departamento de Física, de 1963-1967 foi professor catedrático interino de Mecânica Quântica e Mecânica Estatística e a partir de 1969 tornou-se professor catedrático por concurso na Cadeira de Física da Faculdade de Farmácia e Bioquímica da USP. Durante sua permanência na USP foi ainda professor titular do Instituto de Química e Diretor do Instituto de Física e em 1993 aposentou-se nessa Universidade. A convitedo professor José Ellis RipperFilho foi contratado em 1976 para exercer a função de professor colaborador junto ao Instituto de Física GlebWataghin. Nesse Instituto foi eleito pelos seus pares e exerceu a função de chefe de Departamento de Eletrônica Quântica. Permaneceu na Unicamp como professor até 1982. Período esse que se afastou das suas funções na USP. O nome do professor Newton Bernardes aparece numa relação dos físicos brasileiros mais citados no exterior, publicada pela Folha de S. Paulo em 11 de setembro de 1999. Ele também foi classificado no dicionário American Men of Science, USA, Tenth Edition, A-E, 1960, p.294 e no Directory of Academic Phisicists, p.17, American Institute of Physics, USA, 1959-1960. Em agosto de 1993, foi admitido como Professor Colaborador da Universidade Estadual de Campinas, atuando no Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência, onde desenvolveu pesquisas sobre fundamentos da Física, da Ciência e do saber racional.
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